O mês de julho foi triste para a planta da Fiat em Mirafiori, Itália. A montadora local simplesmente desligou as linhas de montagem do Punto, o compacto que surgiu nos anos 90 como sucessor do Uno e que durou também um bom tempo no Brasil. Junto com ele, saiu de linha também o Alfa Romeo MiTo, um cupê pequeno e expressivo que não vimos em nossas ruas, infelizmente.
Feito desde 2008 e tendo surgido sob o codinome Projeto 955, o Alfa MiTo foi o menor carro da marca italiana, sendo feito sobre a plataforma Gamma de desenvolvido em conjunto com a General Motors, onde também deu origem ao Opel Corsa e cujos resquícios acabaram sendo evoluídos no Brasil com partes nacionais gerando a atual base dos Fiat Argo e Cronos.
Com um nome que unia as iniciais de Milano e Torino, duas das mais famosas cidades do norte da Itália, o Alfa MiTo teve de tudo, desde o singelo motor 1.2 8V de apenas 69 cavalos até o 1.4 MultiAir Turbo de 170 cavalos na versão Quadrifoglio Verde, que foi o suprassumo do pequeno cupê de 4,06 m de comprimento e 2,51 m de entre-eixos. Esta opção tinha um câmbio de dupla embreagem TCT com seis marchas.
O MiTo ousou utilizar também o TwinAir 0.9 de apenas dois cilindros, algo que seria insano aos olhos dos brasileiros se ele tivesse sido oferecido no Brasil dessa forma, tanto que a Fiat passou distante do pequeno bloco em terras nacionais, o que já seria um exagero (para nosso mercado) mesmo que fosse no Mobi, por exemplo.
Este TwinAir do MiTo tinha 85 cavalos ou 105 na versão Turbo. Mas, fora isso, o cupê da Alfa Romeo teve outras mecânicas, incluindo o diesel 1.6 JDM de 120 cavalos. Bem estiloso, ganhou diversas séries especiais e representou bem aquilo que a marca significa no mundo automotivo, sendo um belo exemplo de design, que conquistou nossos vizinhos argentinos.
Tendo vendido mais de 62 mil unidades em 2009, o MiTo passou pouco de 11 mil em 2017. Agora, somente o estoque garantirá aos consumidores a oferta do modelo, que se despede sem um sucessor, assim como o Punto. Comenta-se que um crossover pode assumir seu lugar e nome mais adiante, assim como também se comenta que o Giulietta se funda com ele em um novo carro.
De qualquer forma, o Alfa Romeo MiTo cumpriu sua missão de ser a porta de entrada da marca italiana e agora vai para as páginas da história junto com seu irmão Fiat Punto. Caberá agora ao Opel Corsa encerrar a plataforma dessa família em 2020, quando usará a base modular CMP da PSA. Aqui, Argo e Cronos carregarão um pouco dele, assim como por ora o Grand Siena.
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