VW Virtus 1.6 MSI com câmbio automático tem menos equipamentos para público PcD

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)Virtus 1.6 automático mira PcD e taxistas

(Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

O chavão “menos é mais” pode ajudar a vender alguns produtos, mas não costuma funcionar com automóveis.

Para dar certo no ramo automotivo, a lógica teria de ser invertida: “mais por menos”. Mas nessa dança de sinais matemáticos, a nova versão 1.6 MSI automática do Volkswagen Virtus tem uma equação curiosa.

Por R$ 66.525, é razoavelmente mais acessível que a Comfortline 200 TSI, vendida a partir de R$ 74.680. Só que subtrai vários equipamentos para se adequar à faixa de corte das vendas para PcD (Pessoa com Deficiência), que é de R$ 70 mil.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

No site da Volkswagen, o Virtus 1.6 MSI com a transmissão automática de seis marchas é oferecido por R$ 49.869 já isento de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

O valor é promocional, específico para o público PcD, tem prazo de validade e exclui o pacote Safety, que custa R$ 1.352.

Esse opcional reúne controles eletrônicos de estabilidade e de tração (ASR), bloqueio do diferencial e assistente de arranque em subidas, itens para lá de importantes e que são de série na versão 1-litro três-cilindros turbo.

 

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

Abaixo listamos oito diferenças entre o Virtus MSI automático e o Comfortline 200 TSI.

1) Motor aspirado — A primeira diferença relevante é mecânica. A MSI automática traz o motor 1.6 16V flex aspirado de 117 cv e 16,5 kgfm, enquanto a Comfortline usa o pequeno 1.0 turbo flex de até 128 cv e 20,4 kgfm — números obtidos com etanol.

Além de mais potente, o motor TSI entrega o torque máximo a 2.000 giros, enquanto o do 1.6 MSI atinge sua plenitude a 4.000 rotações. Isso explica a diferença na clássica aceleração de zero a 100 km/h: o aspirado precisou de 11,5 segundos ante 10 segundos do turbo.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

2) Coluna de direção fixa — É comum nos carros de entrada ter o volante fixo, sem ajuste de altura e/ou profundidade. Mas entre os compactos premium, o item normalmente é oferecido e faz a diferença, uma vez que possibilita encontrar a melhor posição de dirigir. O Virtus MSI automático não oferece as regulagens que são de série no Comfortline.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

3) Multimídia é opcional — Ter uma tela no painel virou tendência irreversível, sobretudo entre os compactos premium. Mas no caso do Virtus MSI automático, a central multimídia é cobrada à parte e integra o pacote Entretenimento, vendido a R$ 3.355.

Este adiciona a tela de 6,5 polegadas do sistema Composition Touch, as rodas de liga leve aro 15, os sensores de obstáculos traseiros e os retrovisores elétricos — todos de série no Comfortline.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

4) Nada de faróis de neblina ou luz de rodagem diurna — Vários equipamentos do Virtus Comfortline estão disponíveis no MSI, porém alguns sequer são opcionais. É o caso dos faróis de neblina e das luzes de condução diurna em LED. A versão 1.6 aspirada com câmbio automático descarta os dois itens e tem o para-choques mais simples.

 

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

5) Freios traseiros a tambor — Parece um detalhe, mas não é. As versões turbo de Polo e Virtus saem sempre de fábrica com freios a disco nas quatro rodas. Contudo, as versões MSI aspiradas substituem os discos traseiros por tambores, e o resultado aparece nos testes de frenagem.

Para frear a partir de 80 km/h, o Virtus TSI precisa de 24,6 metros, enquanto o MSI demanda 26,1 m na mesma prova.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

6) Cadê as saídas de ventilação para os assentos traseiros? — Pois é, quem viu as primeiras imagens do Virtus notou que o sedã é um dos poucos da categoria que oferece saídas de ventilação para o banco traseiro.

Os difusores são de série na versão Comfortline e incluem uma terceira entrada USB para carregar gadgets. O Virtus aspirado não tem nenhum dos itens.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

7) Banco traseiro é inteiriço e não bipartido — Este item pode ser pouco relevante para alguns, mas quem costuma levar objetos grandes no porta-malas certamente irá se ressentir.

Isso porque o banco bipartido permite rebater um dos lados para levar objetos mais compridos, que excedem a profundidade do porta-malas, sem o ônus de perder todos os assentos de trás.

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)

 

8) Controle de estabilidade é opcional — A Volkswagen estufou o peito para celebrar as cinco estrelas máximas obtidas por Polo e Virtus nos crash-tests do Latin NCAP.

Só que a versão MSI cobra à parte pelos controles eletrônicos de estabilidade (ESC) e de tração (ASR). O pacote Safety custa R$ 1.352 e inclui o assistente de arranque em subidas (Hill Hold) e o bloqueio eletrônico do diferencial (EDS).

Os quatro recursos são de série no turbo e o Virtus aspirado traz só os quatro airbags e o ABS.

 

Volkswagen Virtus 1.6 MSI automático (Foto: Diogo de Oliveira/Autoesporte)