Tesla tem recorde de entregas trimestrais e ações sobem 7%

A Tesla teve um recorde de entregas trimestrais de veículos, numa resposta triunfante após meses de perguntas sobre a demanda por seus carros elétricos de luxo, o que fez com que as ações subissem 7% no after-market nesta terça-feira (2).

Deixando de lado as preocupações sobre a demanda que têm perseguido a empresa, a Tesla disse que as encomendas no segundo trimestre superaram as entregas, apesar dos compradores receberem um crédito fiscal menor. “Acreditamos que estamos bem posicionados para continuar crescendo produção e entregas no 3º trimestre”, disse a empresa.

A Tesla entregou 77.550 veículos Model 3 no trimestre, o mais recente sedã da marca e peça fundamental da estratégia de crescimento da empresa. Isso superou a estimativa média dos analistas de 73.144, segundo dados do IBES do Refinitiv.

O executivo-chefe Elon Musk vinha repetido que a Tesla podia entregar um recorde de carros no segundo trimestre, superando os 90.700 que enviou aos clientes no último trimestre de 2018. Os números desta terça amenizaram o difícil primeiro trimestre, no qual as entregas despencaram.

Garrett Nelson, da CFRA Research, observou que as entregas do segundo trimestre provavelmente foram impulsionadas pelos clientes antecipando compras antes do corte do crédito fiscal de 1º de julho, alertando que isso pode resultar em um “retrocesso significativo” nas entregas no terceiro trimestre.

A Tesla não repetiu a previsão prévia de que irá registrar uma perda no segundo trimestre, mas retornaria ao lucro no terceiro trimestre.

Um grande desafio para a Tesla é como entregar veículos de forma eficiente e rápida. Um sistema melhorado de logística ajudou no segundo trimestre, disse a Tesla, sem dar detalhes.

Nos trimestres anteriores, a Tesla moveu funcionários de todas as partes para ajudar com as entregas, em um esforço para atingir metas. Isso provou ser uma forma cara e ineficiente, o que reduz as margens de lucro potenciais em cada veículo.

A empresa prometeu entregar entre 360 ​​mil e 400 mil veículos em 2019, meta que analistas prevêem que será difícil de cumprir.