Etanol? Tecnologia SOFC ainda é opção à eletrificação no Brasil

Por / Noticias Automotivas

A eletrificação está acelerada na Europa e China, mas os EUA também iniciaram sua corrida pelo carro elétrico. No Japão, porém, ainda existe certa resistência aos carros movidos com 100% de energia.

É de lá também, que surge uma alternativa com sigla que lembra time de futebol: SOFC. Tal como no Japão, a resistência aqui não difere muito, mas o ambiente aqui não está nada propício para a introdução do carro elétrico.

Trata-se de algo estranho num país com mais de 90% de sua produção energética oriunda de fontes renováveis. Questões políticas à parte, o Brasil fez uma aposta no álcool nos anos 70 e desde então ele abastece nossos carros.

Com a cadeia global indo em direção aos carros elétricos, o Brasil ainda se agarra ao etanol, mas queimando-o. Ainda que o combustível vegetal seja limpo e renovável, os motores que se alimentam dele estão com a garantia datada.

Afinal, um dia os fabricantes deixarão de produzir motores a gasolina e diesel, focando quase que totalmente na eletricidade, embora uma parte vá para o hidrogênio. É aí que o futuro do Brasil pode se apoiar em algo sustentável.

Não que o Brasil vá usar o hidrogênio, mas o próprio etanol. A tecnologia SOFC (célula de combustível de óxido sólido) da Nissan usa o combustível vegetal, bem conhecido do brasileiro, para fazer o papel do hidrogênio, reagindo com oxigênio nas células de combustível.

Etanol? Tecnologia SOFC ainda é opção à eletrificação no Brasil

Lançado em 2016, o programa de pesquisa da Nissan ainda hoje não está viável e, espera-se, que pelo menos entre em serviço nos próximos cinco anos. Com 30 litros de etanol, uma van e-NV200 pode rodar 600 km.

Fazendo 20 km/l, ela não necessita dos dispendiosos abastecedores de hidrogênio, que necessitam de infraestrutura complexa, cara e perigosa. Basta apenas parar num posto de combustível e completar. Com processo resultando em água, o SOFC garante emissão zero com uma bateria de 24 kWh.

Aprimorando-se essa tecnologia, espera-se que uma e-NV200 faça muito melhor que em 2016, consumindo menos etanol e ampliando seu alcance.

Dessa forma, a SOFC poderá compensar o custo extra da tecnologia e se popularizar. Com a experiência local, outros países, como o Japão, podem ter o etanol como opção ao caro hidrogênio.