Veículos de entrada foram os que mais sofreram com a limitação de crédito no varejo, segundo interpretação da Anfavea: os equipados com motor de mil cm3 responderam por 47,2% dos emplacamentos. Até setembro, eles eram 51,1%. Para a entidade será indispensável normalizar o fluxo nos financiamentos para evitar mais queda nas vendas. “O cliente foi às revendas e não encontrou crédito” – disse ontem, 6, Jackson Schneider, presidente da Anfavea. Ele explicou que o dinheiro a ser liberado pelo Banco do Brasil alimentará as financeiras ligadas às montadoras, que precisam buscar recursos escassos no mercado interbancário. Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, reclamava no dia anterior que os recursos anunciados pelo governo federal não tinham chegado. “É preciso agir rápido para o quadro não se agravar” – afirmou, demonstrando preocupação com o comportamento das vendas no varejo em novembro. Luiz Montenegro, presidente da Anef, entidade que reúne as financeiras ligadas a montadoras, disse à Gazeta Mercantil que os R$ 4 bilhões do Banco do Brasil para as empresas associadas devem animar o varejo. Ele adverte, porém, para o grande mercado de carros usados em revendedores independentes, alimentados por bancos privados e outras instituições (7 de novembro).
Fonte: Automotive Business