Acelerando recordes

Abê
chicolelis

Plagiando antigo comercial da caderneta de poupança de um banco que já não mais existe: “o tempo passa, o tempo voa e as vendas da indústria automobilística continuam numa boa”. É recorde seguido de recordes, clientes afobados pagando sobrepreço – já chamado de ágio – para ter o seu carro nas horas seguintes, nem sempre na cor desejada, ou faltando algum opcional que considera importante.
Erra quem faz isso pois, como lembra Joel Leite, da Agência AutoInforme, especializado em mercado, muito em breve esta situação estará normalizada pelo aumento da produção das montadoras e muita gente vai se arrepender da falta de paciência na hora da compra.

Mas não pense que esta situação está concentrada apenas no segmento de carros de passeio. Ledo engano! Os recordes também se acumulam no setor de caminhões, de ônibus, de furgões, vans e até implementos rodoviários. Em todos os eles, a oferta não cobre a demanda e as filas de espera se acumulam, com uma diferença, o comprador do caminhão não paga ágio. Ele espera.

Além de comprar, o setor de transporte está vivendo o grande momento do uso da tecnologia para proteção das frotas e suas cargas. Equipamentos de última geração tecnológica hoje são capazes de informar ao empresário, em tempo real, o que acontece com o veículo da sua empresa, seja ele caminhão urbano ou estradeiro, ou ônibus. Tudo em nome da redução de custos.

O financiamento não é problema, tanto para automóveis, quanto para o transporte de carga ou passageiros. O Finame, por exemplo, lidera o crédito na Mercedes-Benz, uma das maiores do setor. Nos primeiros meses deste ano, a instituição aumentou em 29% os valores na comparação com 2007: R$ 288 milhões, contra R$ 171,1 milhões.

E todos crescem. Os pequenos, como Iveco e Agrale, por exemplo, começam a ganhar espaço nas estatísticas de vendas de caminhões, microônibus e vans. Esta situação se repete no segmento de carros de passeio para táxis. Renault e Honda, por exemplo, começaram a entrar neste mercado. O francês Logan e o japonês Fit, pintados de branco, já são notados na capital, onde circulam hoje mais de 33 mil táxis.

E assim vai o setor automobilístico, com os automóveis velozmente à frente, seguidos de perto por veículos mais lentos, como ônibus e caminhões.

Que bom para o País!

Fonte: Diário do Comércio