Anfavea estimula a confiança nos investimentos

A Anfavea diz que os investimentos estão mantidos, o Sindipeças afirma que há uma parada para reflexão, a Booz & Company acredita que os projetos podem demorar um pouco mais para amadurecer e o ministro Miguel Jorge garante que haverá crédito para exportação.
No Brasil o clima é de apreensão e expectativa entre os players da cadeia de produção automotiva. Enquanto as estatísticas de vendas de veículos ainda dão sinais de fôlego para a indústria automobilística, as empresas de autopeças estão à espera das próximas programações de compra feitas pelas montadoras. Por enquanto não há informações de cortes significativos, mas o aperto deve chegar com o início do próximo ano. O ritmo de crescimento nas vendas de autoveículos, até agora na casa dos 27%, cairá para o patamar dos 9% ao longo de 2009, segundo indicações da Fenabrave. Se a entidade estiver certa, o setor ficará até aliviado e terá oportunidade de fazer o trabalho de casa, alinhando as operações, eliminando gargalos, colocando em dia a manutenção e levando adiante as iniciativas necessárias na área de qualidade. E quanto aos investimentos? Eles devem acontecer, mas serão diluídos ao longo de mais tempo – adverte Letícia Costa, presidente da Booz & Company. Embora muitas empresas façam uma parada para reflexão, como já admitiu Paulo Butori, presidente do Sindipeças, a indústria automobilística planeja no longo prazo e, como num Titanic, as manobras não podem ser imediatas. “Os investimentos estão mantidos” – assegurou o presidente da Anfavea, durante encontro realizado no Sindipeças no dia 6 de outubro. Com essa declaração diante de empresários do setor de autopeças ele procurava levar confiança aos parceiros da cadeia automotiva e evitar uma onda de pessimismo e adiamento de projetos . Afinal, os fornecedores só vão preservar as aplicações em novos produtos, tecnologias e fábricas se as próprias montadoras derem o exemplo e puxarem o ciclo de investimento. Há projetos importantes em curso, como a implantação da nova fábrica da Toyota, em Sorocaba, e da Hyundai, em Piracicaba, além de inúmeros programas de expansão nas montadoras e fabricantes de autopeças. Ontem, 7, na abertura do Congresso da SAE Brasil em São Paulo o ministro Miguel Jorge, do MDIC, garantiu que o governo está empenhado em assegurar o crescimento da indústria automobilística e não faltarão recursos para financiar as exportações. O ministro tem sido um dos incentivadores do programa para elevar a produção de veículos até o nível de 5 milhões de unidades nos próximos anos (8 de outubro).

Fonte: Auitomotive Business