Balanço dos recordes e projeções do setor automotivo

A Anfavea e a Fenabrave reavaliaram as projeções para 2008, depois dos novos recordes na indústria automobilística. O ritmo do setor deve diminuir, o que pode ser saudável para alinhar a cadeia de produção e diminuir os problemas de qualidade.

Carta da Anfavea
Balanço da Fenabrave

Há um consenso no setor automotivo: as linhas de montagem vão desacelerar, passando a uma fase de menor crescimento no segundo semestre. Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, acredita que as vendas vão passar de um nível de avanço de 30%, que marcou o semestre passado, para o patamar dos 20%. Ainda assim, o ritmo dará inveja à maioria dos países que possuem indústria automobilística. Jackson Schneider, presidente da Anfavea, acredita que o Brasil já deve ter superado a França e chegado ao sexto lugar no ranking de produção. Ao mesmo tempo, podemos alcançar em breve o quinto lugar dos maiores mercados globais, entre o Reino Unido e a Alemanha. Os números apontados pela Anfavea na reunião para anunciar o desempenho da indústria nos primeiros seis meses do ano não chegaram a ser uma surpresa. Os volumes de vendas já haviam sido antecipados pelo Renavam e divulgados pela Fenabrave. Junho passou a ser o melhor mês da história para a produção automotiva no país, com a montagem de 303,8 mil veículos. O número de veículos fabricados no semestre também é recorde histórico: 1,68 milhão de unidades. Somada a produção nos últimos doze meses o número impressiona: 3,27 milhões de veículos – o que representa um avanço de 21,4% sobre os 2,70 milhões de unidades fabricadas de julho de 2006 a junho de 2007. Enquanto a Fenabrave projeta crescimento dos emplacamentos no ano em 20%, o número da Anfavea é bastante próximo: 24,2%, para um total de 3.060 mil unidades (2.645 mil nacionais e 415 mil importadas). A participação dos veículos importados avançaria 49,8% até o final do ano — foi de 277 mil unidades em 2007. Nos doze meses do ano as importações deverão ter crescido 7,4% em valor, para US$ 14,5 bilhões, mas cairão 1% em unidades, para 780 mil unidades (7 de julho).

Fonte: Automotive Business