Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
Dando continuidade às estratégias de diversificação de captação de recursos, o Banco Volkswagen – o maior banco de montadora do Brasil – realizou em junho sua primeira emissão de Letras Financeiras no País. Os papéis possuem prazo de dois anos e a operação foi composta por mil letras, com valor nominal unitário de R$ 300 mil, totalizando R$ 300 milhões na data da emissão.
“Entre o final de 2011 até agora, buscamos explorar formas diversificadas de arrecadação, como a extensão do CDB (Certificado de Depósito Bancário) para Frotistas e Fornecedores da Volkswagen, MAN e Audi no Brasil, antes disponível apenas aos Concessionários”, explica Rafael Teixeira, diretor executivo do Banco Volkswagen.
De acordo com o executivo, medidas como esta garantem maior diversificação na captação de recursos e consequente reposicionamento da instituição como importante player no mercado de capitais nacional. Além disso, as operações substituem captações concentradas em empréstimos interbancários.
Segundo Teixeira, a ideia nasceu em 2011, por meio de uma parceria entre a Volkswagen Financial Services AG e a subsidiária brasileira. “Estávamos ansiosos pela regulamentação que permitiram as emissões de LF´s que fizemos, uma vez que nossa matriz é um emissor frequente de títulos no mercado internacional e poderiamos contar com sua experiência acumulada”, completa o executivo.
Letras Financeiras – Letras financeiras são títulos emitidos por instituições financeiras, que consistem em promessa de pagamento. Elas podem ser emitidas por bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias ou sociedades de crédito imobiliário.
Modalidade de investimento criada em dezembro de 2009, seu prazo em geral é mais longo do que os CDB´s (Certificado de Depósito Bancário), pois o tempo mínimo para resgate do investimento é de dois anos. Desde que foram criadas, receberam incentivos para sua emissão, como a permissão de realização de ofertas públicas, em dezembro de 2010 e a isenção de recolhimento de compulsório junto ao Banco Central
Fonte: Diário do Grande ABC