Brasil: uso de airbag pouparia R$ 2,2 bi


Carsale – Um estudo elaborado pelo Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) e divulgado nesta quarta-feira (6) apontou que 3.426 mortes de condutores de automóveis e camionetas poderiam ter sido evitadas pelo uso do airbag. O relatório considera o período compreendido entre os anos de 2001 e 2007, ou seja, 489 vítimas fatais salvas por ano. Esse volume é 1,4% do total de 35 mil mortes decorrentes de acidentes de trânsito no País por ano.

Ainda de acordo com o levantamento, o airbag poderia proteger 71.047 pessoas de ferimentos leves – 10.150 vítimas leves evitadas por ano -, desde que elas estivessem usando o cinto de segurança; e poupar R$ 1,58 bilhões em gastos relacionados a traumas sem gravidade. No caso das vítimas fatais, o impacto econômico seria de R$ 630 mil – R$ 90 mil por ano. Se somarmos os dois tipos de vítimas, o impacto total seria de R$ 2,2 bilhões em 7 anos. De acordo com o Cesvi Brasil, as estimativas econômicas consideraram que, por meio do uso do airbag, a vítima fatal passaria a ser contabilizada como ferida e a vítima ferida, por sua vez, como ilesa, segundo critérios adotados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Para elaborar o estudo, o Cesvi Brasil tomou como base informações de uma pesquisa sobre a efetividade do airbag realizada nos Estados Unidos pelo NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), instituição que administra a segurança viária daquele país. O relatório cruzou estatísticas do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), do IPEA e da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), sobre a frota de veículos, acidentes e vítimas, a frota de veículos segurados e estimativas de gastos e o impacto econômico associados às vítimas fatais e feridos decorrentes de acidentes de trânsito.

A instituição, porém, não incluiu no estudo do efeito do uso do airbag em picapes (motorista e passageiro), pois não foram encontrados índices relacionados a esse tipo de veículo.

Cinto de segurança

O Cesvi Brasil também avaliou a efetividade do uso do cinto de segurança no País e concluiu que o aumento de 10% de adesão ao equipamento evitaria mais de 1.600 mortes e custos relacionados de R$ 156,6 milhões. O estudo considerou média de 82,7% de adesão do cinto nas rodovias e 75,2%, na cidade, em 2007.

Fonte: Carsale (07/08/2008)