
Modelo, considerado “de baixo custo” pela GM mundial, é voltado a mercados emergentes, como o Brasil
Texto: Gustavo Henrique Ruffo
(01-10-08) – Benditos os tempos em que um informativo de imprensa sobre um carro se resumia a sua ficha técnica, completa. Hoje, seja porque quem escreve não gosta de carro, seja porque é preciso florear, o fundamental sobre um veículo é normalmente o que de mais difícil há para encontrar em um texto de apresentação. Quer um exemplo típico? Eis o Chevrolet Cruze, apontado como o substituto do Astra no Brasil.
Em vez de a GM mundial se ater ao que ele tem de mais importante, ou seja, dimensões, preços, motorizações etc., ela desfia o rosário com todas as qualidades subjetivas do carro. Bonito, elegante, barato… Isso fica a seu critério, leitor, e de posse das informações necessárias para um bom juízo, que nós, com algum custo, conseguimos, ainda que só em parte.
O Cruze será equipado com três motorizações, duas a gasolina, uma 1,6-litro de 112 cv e uma 1,8-litro de 140 cv, e um 2-litros turbodiesel de 150 cv e 320 Nm de torque a 2.000 rpm (ah, se pudéssemos ter diesel em carros no Brasil…). Com um motor 1,8-litro de 140 cv, a GM poderia, no Brasil, tentar se igualar à Honda em consumo de combustível. Quem sabe não é o Cruze que vai ajudá-la nisso?
Todo o restante dos dados importantes, como porta-malas, comprimento, largura, altura, entreeixos etc., não consta em lugar nenhum do material de divulgação do carro. Esperemos que, em breve, saia algum comunicado menos preocupado com o marketing e mais com o que realmente interessa.
Fonte: Webmotors