
Dodge Trazo, feito em parceria com Nissan, chega no segundo semestre.
Montadora diz que concordata nos EUA não afeta as operações no país.
Paulo Guilherme
Do G1, em São Paulo
O pedido de concordata da Chrysler anunciado pelo presidente Barack Obama e a fusão da empresa com a montadora italiana Fiat não vão alterar as operações da Chrysler no Brasil. O grupo que responde pelas marcas Chrysler, Dodge e Jeep tem 32 pontos de vendas no país que seguem com operando normalmente para prestar serviços e atendimento pós-venda.
De acordo com Philip Derderian, diretor-geral da Chrysler do Brasil, a concordata suspender temporariamente as operações da Chrysler apenas nos Estados Unidos. “Os carros que vendemos no Brasil são produzidos no México (PT Cruiser, Dodge Journey e Dodge Ram, por exemplo) e na Áustria (300C e Town&Country)”, esclareceu Derderian em entrevista ao G1. “Além disso temos estoque suficiente para atender a demanda neste período de até dois meses previsto para o término da concordata.”
“Queremos assegurar aos nossos clientes, que nossos concessionários continuam operando normalmente tanto para vendas como também para prestar serviços e atendimento pós-venda”, acrescentou o diretor-geral da Chrysler do Brasil.
O executivo confirmou ainda a chegada de mais um veículo da Chrysler, o sedã Dodge Trazo. O carro está em processo de homologação e vai começar a ser vendido no segundo semetre. “Ele será uma nova opção para quem quer mudar do hatch para o sedã”, diz Derderian. Segundo ele, o carro vai atuar se posicionar de preço entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.
O Dodge Trazo, fruto da parceria entre a Chrysler e a Nissan é a versão sedã do Tiida. O carro produzido no México terá motor 1.8 flex.
As marcas Chrysler, Dodge e Jeep registraram no primeiro quadrimestre deste ano 1.376 unidades emplacadas, o que corresponde a 0,2% do mercado de automóveis e comerciais leves. O modelo mais vendido foi o Dodge Journey, seguido pelo PT Cruiser e pela picape Dodge Ram.
Acordo com a Fiat
A Chrysler chegou a um acordo para estabelecer uma aliança estratégica global com a Fiat, que possibilitará à empresa norte-americana oferecer produtos mais compactos e mais eficientes no consumo de combustível. De acordo com a empresa, os benefícios para esta nova companhia incluem acesso a produtos existentes que complementam o portifólio atual, cooperação tecnológica e uma distribuição global mais forte.
“A Fiat vai abrir mercado para a Chrysler no mundo”, destaca Derderian. Por outro lado, a Chrysler vai abrir as portas do mercado norte-americano para os veículos italianos. As diretrizes deste acordo ainda serão definidas e passadas para a Chrysler do Brasil.
Fonte: G1 GLobo Online