Depois de registrar o pior fevereiro em vendas desde 2010, o mercado de carros novos ainda não reagiu em março, conforme esperavam as fabricantes. Os estoques seguem elevados, beirando os 40 dias, e a expectativa se volta para a segunda metade do mês, quando a maioria das marcas pretende fazer campanhas e feirões chamando a atenção do consumidor para a nova alta do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI em 1.º de abril.
Até terça-feira 12, contabilizando-se oito dias úteis, foram vendidos 97,9 mil automóveis e comerciais leves, número 9% inferior ao do mesmo período do mês passado – que contou com o feriado do carnaval. Em relação a março de 2012, contudo, há uma alta de 1,5%. Somando caminhões e ônibus, os números preliminares indicam 103,9 mil licenciamentos até aquela data, com queda de 8,8% na comparação com fevereiro, mas 1,7% melhor que os resultados de igual período de março do ano passado. As montadoras esperam vender no mês todo 310 mil veículos. Se atingido, o número representará um crescimento de 30% ante fevereiro, que fechou com 235,1 mil unidades, 24,5% inferior a janeiro.
No início do mês, o próprio presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores Anfavea, Cledorvino Belini, disse que a tendência para a segunda quinzena de março seria de ocorrer “um ataque das montadoras com promoções e campanhas”. O mote dos feirões e peças publicitárias que serão intensificados a partir da próxima semana é a nova alta do IPI. Para carros com motor com motor 1.0, o imposto subirá de 2% para 3,5%. Para modelos até 2.0 flex de 7% para 9% e de 8% para 10% naqueles a gasolina.
Novo reajuste
O repasse para os preços depende da estratégia de cada marca, mas, a exemplo do que ocorreu em janeiro, é provável que a maioria dos modelos que serão faturados a partir daquela data tenha algum reajuste. Entre o fim de maio e dezembro, o IPI dos carros 1.0 foi zerado e o dos modelos até 2.0 foi reduzido à metade. Em janeiro, a alíquota voltou a ser cobrada gradualmente e a maioria das empresas repassou a diferença aos preços para os veículos da linha
Fonte: Diário do Grande ABC