Concessões do Brasil para um Mercosul automotivo

As montadoras e empresas de autopeças que atuam no Brasil entendem que o mundo globalizado exige duas mãos nas vias de comércio. Nada de colocar todos os ovos na mesma cesta ou penalizar o vizinho parceiro. Por isso, há um esforço da Anfavea em levar as negociações para um ponto de equilíbrio nos interesses de fabricantes e governos do Mercosul. Com algumas concessões, o Brasil busca revitalizar o Mercosul Automotivo, estabelecendo acordos de longo prazo. No caso da Argentina, de cinco anos, ao final dos quais deve vir o livre-comércio. Até lá prevalece o sistema ‘flex’: para um dólar importado do vizinho, cada país tem direito de exportar um certo valor sem tributos no destino. O Brasil pode exportar US$ 1,95 e a Argentina US$ 2,50. No caso do Uruguai o caminho pode ser diferente, mas deve haver algum benefício para estimular as operações por lá. A Anfavea admite que acordos de longo prazo permitem maior planejamento e previsibilidade, necessários para a efetivação de investimentos de maturação mais demorada como os automotivos (6 de junho).
Fonte: Automotive Business