
A Caoa-Chery já tem data para estrear no Brasil. Entre maio e junho, a marca chinesa, agora sob comando do grupo Caoa, lançará no país o Tiggo 2, crossover compacto derivado da linha Celer — a competir com JAC T40, Honda WR-V e aventureiros como Hyundai HB20X, Chevrolet Onix Active e Renault Sandero Stepway. Exibido no Salão de São Paulo de 2016, o utilitário começa a ser produzido nas próximas semanas na fábrica de Jacareí, em São Paulo, tal como previsto desde antes do “acordo de cooperação estratégica” entre as empresas, firmado no fim de 2017. Não deve haver mudanças de estilo.
Com a nova agenda, o Tiggo 2 chegará às lojas cerca de um ano após o previsto, mas já com opção de câmbio automático CVT provavelmente associado ao motor 1.5 flex de 113 cv do Celer. O atraso é creditado ao péssimo momento da chinesa, que rumava para o colapso — até ter a metade dos papéis comprados pela Caoa. Agora, a realidade é promissora: a Caoa-Chery deve oficializar, no fim de abril, outros modelos que chegarão no Brasil. São os casos dos SUVs maiores Tiggo 5x e 7, e do sedã Arrizo 5. Todos serão lançados neste ano, tendo como grande palco de estreia o Salão de São Paulo, em novembro.

Além de uma gama totalmente nova, também serão anunciados em breve os planos de produção nacional dos modelos da Chery. A fábrica de Jacareí tende a montar a linha de automóveis, enquanto a unidade da Caoa em Anápolis, Goiás, ficará a cargo dos SUVs. Contudo, a única certeza até o momento é que as duas fábricas produzirão veículos da marca chinesa, que passou a ser prioridade no grupo brasileiro — basta lembrar que a Caoa comprou metade das ações da Chery, e o negócio com a Hyundai é contratual.
Não se sabe ainda o que acontecerá com os modelos Hyundai montados em Anápolis. A Caoa diz que não haverá conflito de confidencialidade nas linhas, uma vez que a empresa cumpre todas as exigências da marca sul-coreana. Mas, o uso de áreas comuns na unidade goiana, além de inusitado, pode causar conflitos. Atualmente, a Caoa produz em Anápolis as três gerações do Tucson — o velho, o ix35 e o New Tucson. Além de montar SUVs da Hyundai, a empresa detém a exclusividade da linha de importados da marca no país.
A meta Caoa-Chery é para lá de ousada: conquistar 5% do mercado local até 2022.