Novo prazo e recursos do Tesouro
O texto afirma explicitamente que os planos apresentados em 17 de fevereiro pela GM e Chrysler não demonstram ser viáveis e não são suficientes para justificar novos investimentos com recursos dos contribuintes. As duas empresas terão um novo prazo e um volume de recursos adequado para redefinir estratégias de viabilidade econômica de longo prazo.
Dizem os relatores que embora o plano atual da GM não seja considerado viável, a administração Obama está confiante que uma reestruturação mais incisiva permitirá à montadora emergir da crise mais forte para competir. O processo deve incluir mudanças na liderança da companhia, um maior esforço do Tesouro e consultores externos para auxiliar a empresa nos esforços de reestruturação.
Com a saída de Rick Wagoner do posto de chairman e CEO, a administração Obama concederá à GM recursos financeiros por mais sessenta dias para a preparação de um plano agressivo de recuperação e definição de estratégias com maior credibilidade para a implementação.
O diagnóstico sobre a Chrysler
O relatório afirma ainda que, após extensiva consulta junto a especialistas do setor financeiro e da indústria, concluiu-se que a Chrysler não é viável com uma companhia isolada. A associação com a Fiat é considerada como a base para a viabilidade, com o recebimento de tecnologia de valor expressivo. A empresa norte-americana se comprometeu a construir carros novos e eficientes nas suas fábricas.
A administração Obama oferecerá capital para assegurar a operação da Chrysler por mais trinta dias, mas exige a conclusão de um acordo definitivo com a Fiat. Se os entendimentos forem bem sucedidos, será possível atender a solicitação de mais US$ 6 bilhões feita pela montadora. Caso contrário, o governo não mais aplicará recursos de contribuintes na Chrysler.
Lei de falências como alternativa
O texto divulgado pelo comitê considera que embora GM e Chrysler sejam companhias com caminhos diferentes pela frente, as duas tem compromissos insustentáveis e precisam de um recomeço saudável (fresh start). A melhor oportunidade para isso acontecer pode exigir a utilização da lei de falências, de um modo rápido e cirúrgico.
Explica ainda que ao contrário de uma liquidação, quando uma companhia é desmembrada e colocada à venda, ou de uma falência convencional, em que a empresa pode ser mergulhada em pendências por muitos anos, a utilização do código de falências de forma estruturada pode ser uma ferramenta eficiente para as duas montadoras se livrarem de antigas obrigações enquanto trilham um novo caminho para o sucesso produzindo carros e assegurando empregos.
Suporte a compradores e trabalhadores
A administração Obama compromete-se a oferecer as garantias necessárias para os carros adquiridos da Chrysler e GM durante o tempo em que as duas companhias estiverem empenhadas na recuperação.
Edward Montgomery, economista especializado na área do trabalho, atuará como um diretor atender as necessidades dos trabalhadores e comunidades envolvidas, durante a recuperação da indústria automotiva
Fonte: Automotive Business