“A Changfeng pretende vender veículos no mercado estadunidense no próximo ano. Mas a estratégia mais ousada até agora é da Chery, que se aliou com a Chrysler para produzir veículo compacto no México para os Estados Unidos.”
O modelo de parceria com empresas baseadas em países que interessam às empresas chinesas parece ser a melhor estratégia: “A FAW e o Grupo Salinas, do México, também fecharam parceria para produzir um veículo. A Geeli já está no México. Inicialmente os planos são abastecer o mercado mexicano, mas é certo que o alvo é o consumidor estadunidense”.
No ano passado as exportações da China cresceram 78,9%, com a Europa como principal destino dos veículos, segundo Fontoura: “A maior parte desses veículos foi para a Rússia. Só para aquele país seguiram 103 mil unidades, aumento de 183% sobre 2006”.
Em função da relevância do mercado russo montadoras chinesas estudam instalar fábricas por lá. A Chery, que segundo Fontoura é a empresa com a estratégia de internacionalização mais agressiva, possui oito fábricas fora da China: “A Chery já está na Rússia, Ucrânia, Egito, Tailândia, Irã, Uruguai e Indonésia. Outras empresas estudam essa opção”.
A Chery tem como objetivo vender 480 mil unidades esse ano, 180 mil fora da China, segundo Fontoura: “Para atingir a meta de 600 mil veículos vendidos fora da China em 2010 acreditamos que a Chery precise de catorze fábricas fora da matriz”.
Com relação à instalação de montadora chinesa no Brasil Fontoura avalia que o grande teste para que os executivos dessas empresas decidam por investir no País será a produção da Chery no Uruguai: “Eles testarão a reação do mercado antes de tomar qualquer decisão”.
Fonte: Boletim Autodata