Conversões de motores para uso do GNV caíram 31,39%

O número de conversões para o uso de gás natural veicular (GNV) caiu 31,39% em 2007, segundo relatório distribuído ao mercado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A queda confirma estimativas de oficinas conversoras e fabricantes de cilindros, que vinham notando movimento mais fraco desde o início da campanha do governo para conter o consumo do combustível. De acordo com a agência, o volume de vendas do gás manteve-se praticamente estável entre agosto e novembro do ano passado.

Empresários ligados ao mercado de GNV haviam antecipado projeções de queda no volume de conversões, principalmente nos últimos dois meses de 2007, depois de declarações do então ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, desestimulando o uso do combustível. A fabricante de cilindros MAT, por exemplo, calculou uma perda de 50% nas vendas em dezembro. A estatística da ANP se baseia em dados do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

O GNV foi o combustível automotivo com maior aumento de preço em 2007 (7,85%), devido à retirada de descontos por parte da Petrobras e à alta do preço do petróleo no mercado internacional. De acordo com o Boletim do Abastecimento da ANP, divulgado ontem após meses de problemas no sistema de captação de dados das distribuidoras, os demais combustíveis – gasolina, diesel e álcool hidratado – fecharam 2007 com preços estáveis, em comparação com os valores do final de 2006.

As vendas de gasolina ficaram praticamente estagnadas, com ligeiro crescimento de 0,45%. Já o mercado de diesel recuperou-se e cresceu 5,95% em 2007. As vendas de álcool hidratado aumentaram 41,86%. Segundo especialistas, porém, o percentual reflete principalmente medidas contra o comércio ilegal desse combustível. Ou seja, um maior volume de álcool foi vendido no mercado formal. O levantamento da agência inclui ainda as vendas de gás de cozinha, com expansão de 3,06%; querosene de aviação, com alta de 9,18%; e óleo combustível, mais 11,36%. ( AE )

Fonte: Diário do Comércio