“Mesmo com os reflexos da crise mundial sentidos no Brasil a partir do mês de setembro, 2008 bateu recorde de crédito para aquisição de veículos, superando em mais de R$ 26 bilhões o ano de 2007”, disse Luiz Montenegro, presidente da Anef.
As duas carteiras somadas representaram 4,6% do Produto Interno Bruto, contra 4% do mesmo período de 2007. Além disso, esse montante correspondeu a 35% do total do crédito oferecido no mercado para pessoas físicas.
A ANEF representa 19 instituições (bancos, empresas de arrendamento mercantil e consórcios vinculados à indústria automotiva) junto aos órgãos do governo, de entidades de classe e associações congêneres.
Juros maiores, prazos menores
A taxa média mensal de juros praticada pelos bancos das montadoras em dezembro do ano passado foi de 1,80%, enquanto no mesmo mês de 2007 ficou em 1,49%. Já o índice de inadimplência acima de 90 dias para financiamento de veículos por meio de CDC ficou em 4,3% no ano passado ante 3% no ano de 2007.
Os planos máximos de financiamento oferecidos pelas financeiras cairam de 84 meses em 2007 para 60 meses em 2008. Já os planos médios passaram de 42 meses em 2007 para 40 meses no ano passado.
A Anef aguarda o efeito das medidas anunciadas pelos governos federal e estadual no último trimestre do ano passado para fazer as estimativas relativas a 2009. A entidade, no entanto, espera que os recursos financeiros passem a fluir de maneira mais regular para o crédito a partir do segundo trimestre.
As vendas a prazo de automóveis e comerciais leves representaram 64% do total comercializado em 2008, sendo 38% por meio de Leasing, 22% financiados por meio de CDC e 4% por meio de consórcio. No segmento de veículos comerciais (caminhões e ônibus), o Finame Leasing equivaleu a 30%, o financiamento a 8%, o Finame a 50% e o consórcio foi responsável por 2%.
Em relação às vendas de motocicletas realizadas em 2008, 60% foram financiadas por meio de CDC e 22% por consórcio.
Fonte: Automotive Business