Esses carros são novos, mas têm itens que parecem vindos do passado

Versão Personal abre mão das calotas
Foto: Honda

Para baratear um carro (ou versão), vale praticamente tudo. Quer dizer… Ao menos é a isso que alguns fabricantes parecem recorrer. Para reduzir custos, é permitido apelar até a alguns equipamentos comuns em carros do passado.

Se você pensava que direção sem assistência, rodas de aço sem calota, para-choque preto fosco, porta-malas sem tampão já haviam sido extintos, talvez seja melhor conhecer esses modelos.

Tampão do porta-malas

Mesmo reestilizado, o Creta para PCD continua sem tapão do porta-malas
Foto: Hyundai

O Hyundai Creta foi reestilizado neste mês. Só que as atualizações passaram bem longe da lista de itens da versão Attitude, para PCD, que continua sem tampão do porta-malas.

Só que o SUV feito em Piracicaba (SP) não é o único a abrir mão do acessório: o Renault Captur Life foi depenado em maio de 2018 e, desde então, as bagagens ficam expostas.

Calotas e rodas de ferro

Honda City tem visual simples na versão Personal
Foto: Honda

Os conjuntos de liga leve ainda são vendidos como opcionais pelos diferentes fabricantes, mas difícil é encontrar algum que parece se orgulhar das simples rodas feitas de ferro.

É o caso dos Honda City e Fit Personal, além das picapes Chevrolet S10 LS, Fiat Strada Working, Mitsubishi L200 Triton Sport GL, Nissan Frontier S e Renault Duster Oroch Express.

Assistência de direção

Kwid abriu mão da assistência de direção
Foto: Quatro Rodas

Se você é daqueles que já considera direção hidráulica algo do passado, talvez nem imagine que ainda dá para comprar um carro zero quilômetro sem nenhum tipo de assistência.

Fazem parte dessa lista um tanto ingrata as picapes Fiat Strada e VW Saveiro nas configurações mais baratas, mas também carros de passeio como Fiat Mobi Easy e Renault Kwid Life.

Tanquinho de partida a frio

Chevrolet ainda adota tanquinho de partida a frio
Foto: Chevrolet

Os motores bicombustíveis chegaram há quase 15 anos com capacidade para receber etanol e gasolina à vontade, mas desde que o tanquinho partida a frio estivesse abastecido.

Desde então, o sistema de pré-aquecimento se popularizou – exceto nos Chevrolet Cobalt, Onix, Prisma e Spin, nos Fiat Doblò, Fiorino, Grand Siena, Mobi, Uno, Strada e Weekend, nos Hyundai HB20 e ix35, e nos Kia Cerato e Sportage.

Ar-condicionado

Restaram só os botões do pisca-alerta, do desembaçador traseiro e do hodômetro
Foto: Quatro Rodas

O ar-condicionado pode ser considerado essencial, principalmente pelas altas temperaturas enfrentadas em boa parte do Brasil ao longo de todo o ano. Mas há modelos que sequer oferecem o equipamento aqui.

O item não consta nem na lista de opcionais de Kwid Life, Mobi Easy e Strada Working. Na Duster Oroch Express, custa R$ 3.400 mais; na Saveiro Robust, o pacote sai por R$ 7.440.

Vidros elétricos

Janelas são abertas pelas velhas manivelas nas portas
Foto: Quatro Rodas

Os vidros por manivela nas portas traseiras são quase regra entre os modelos de entrada, mas alguns carros vão além e não oferecem acionamento elétrico para ninguém a bordo.

Entre os hatches, apenas Kwid Life e Mobi Easy fazem essa concessão, mas a lista de picapes é bem mais longa: Amarok S, Duster Oroch Express, Saveiro Robust e Strada Working.

Limpador traseiro

Vidro traseiro não limpador e nem desembaçador de série
Foto: Internet

Como você já sabe, sedãs e picapes não costumam ter limpador de vidro traseiro e, por isso, só vamos considerar os modelos hatches que abriram mão do equipamento.

Na verdade, apenas Kwid Life e Mobi Easy, ambas configurações de entrada, podem deixar as concessionárias sem o item – oferecido como opcional junto com o desembaçador no Fiat.

Conta-giros

No painel de instrumentos falta conta-giros
Foto: Quatro Rodas

Os quadros de instrumentos têm evoluído em sentidos opostos: enquanto alguns modelos oferecem telas digitais completas, outros perderam até mesmo o indicador de temperatura.

E há aqueles ainda mais simples que abrem mão do conta-giros para reduzir custos. Nessa lista entram os Fiat Mobi Easy e Fiorino, além dos também depenados Renault Kwid Life e Zen.

Freio dianteiro com disco sólido

QQ é o único modelo com freios dianteiros de discos sólidos
Foto: Chery

O freio dianteiro com disco ventilado se tornou padrão no mercado há alguns anos, já que esse sistema permite melhor dissipação de calor e não perdem eficiência tão rapidamente.

Por outro lado, os discos sólidos são mais simples e baratos de produzir, mas colocam em risco a capacidade de frenagem após o uso em sequência. Hoje, só o Caoa Chery QQ tem. O Renault Kwid, felizmente, corrigiu esse anacronismo na linha 2020.

Suspensão traseira com eixo rígido

Eixo rígido é mais simples e barato, mas compromete o conforto
Foto: Quatro Rodas

Como dissemos em relação aos limpadores traseiros, é preciso ser justo nesse quesito: picapes costumam ter suspensão traseira por eixo rígido por ser mais robusta e resistente.

O problema é que esse tipo de conjunto compromete o conforto e a dirigibilidade. Mas, como é mais barato, foi a opção escolhida para equipar Renault Kwid e Caoa Chery QQ.

Para-choques de plástico preto

Mesmo na L200, há versões com para-choque de plástico preto
Foto: Mitsubishi

Já faz algum tempo que os carros de passeio zero-quilômetro não saem das fábricas com para-choque de plástico preto – que deixava bem claro a todos que aquela era a versão barata.

Mas isso não significa que alguns veículos de trabalho tenham desistido da solução, inclusive em modelos caros como a L200 Triton Sport GL. Há também Fiorino, Saveiro e Strada.