EUA devem antecipar US$ 5,5 bi em ajuda a GM e Chrysler, diz jornal

da Folha Online

O governo americano prepara para a montadora GM (General Motors) uma ajuda de cerca de US$ 5 bilhões, além de uma ajuda de US$ 500 milhões à Chrysler, ambas meio a uma crise devido a quedas expressivas de vendas e sob risco de concordata, segundo fontes ouvidas pelo diário americano “Detroit News”.

A decisão de liberar os recursos para as montadoras deve ser anunciada na próxima semana, segundo a fonte. A porta-voz da Casa Branca Amy Brundage disse ontem, no entanto, que ainda não há um consenso sobre o valor a ser entregue a cada empresa. “Não foi tomada nenhuma decisão sobre quanto dinheiro a GM e a Chrysler vão receber”, disse, segundo a reportagem.

A ajuda vem depois de o governo ter rejeitado os planos de reestruturação apresentados por ambas as montadoras –as duas receberam em dezembro uma ajuda de US$ 17,4 bilhões e em fevereiro solicitaram quantias suplementares –US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões.

No dia 30 de março, o presidente americano, Barack Obama, disse que o governo irá oferecer capital suficiente para a GM nos próximos 60 dias, a fim de que a empresa possa elaborar um novo plano de reestruturação, mas condicionou a ajuda à Chrysler à formação de uma parceria com outra empresa.

A Chrysler vem negociando uma parceria com a Fiat, mas ontem a montadora italiana informou que tem um “plano B” para o caso de fracasso das negociações. O presidente do Conselho de Administração da Fiat, Luca Cordero di Montezemolo, disse que a aliança com a Chrysler “tem 50% de chances de se realizar”.

O executivo-chefe da montadora, Sergio Marchionne, pressionou nesta semana os sindicatos da Chrysler nos Estados Unidos e Canadá para que cheguem a um acordo para cortar custos e pessoal e deixou aberta a possibilidade de se retirar.

Na segunda-feira (13) o “New York Times” informou que o Departamento do Tesouro determinou à GM que execute os preparativos necessários para recorrer à lei de falências em 1º de junho, apesar da empresa insistir na possibilidade de reestruturação.

Os preparativos seriam para garantir que a GM possa solicitar proteção sob a lei de falências, caso não consiga um acordo com os proprietários de bônus para a troca de US$ 28 bilhões em dívidas e com o sindicato Automobile Workers Union, completa o “Times”.

Fonte: Folha Online