Papel da tecnologia é melhorar a produtividade e diminuir custos.
Priscila Dal Poggetto
Do G1, em São Paulo
O Governo Federal poderá anunciar nas próximas semanas uma nova política industrial — aguardada desde o final do ano passado —, que deverá trazer medidas específicas para a indústria automobilística. As entidades que representam fabricantes, autopeças, distribuidores, entre outros, afirmam não saber se o pacote vem com uma mudança tributária. Para reforçar a necessidade junto ao governo, o diretor de assuntos corporativos da Ford do Brasil, Rogelio Golfarb, pede ao governo um incentivo como a Lei Rouanet para o desenvolvimento da engenharia local.
De acordo com Golfarb, nos moldes da lei, a redução de impostos para as empresas que incentivam projetos de inovação e pesquisa seria direta. “Engenharia, pesquisa e inovação é um trinômio fundamental. É preciso que se incentive projetos que envolvam universidades”, afirma o executivo, que acredita ser esse o caminho para tornar os produtos nacionais mais competitivos no mercado externo.
“Por que engenharia, pesquisa e inovação são tão importantes? Porque permitem a melhoria da produtividade e a redução de custos de maneira sustentável”, argumenta. Golfarb também critica a falta de metas de longo prazo por parte do governo, que se concentra somente nos quatro anos de mandato. “Investimentos são feitos para longo prazo. Precisamos ultrapassar o período administrativo do governo para não depender do período eleitoral”.
Para Golfarb, tal Lei Rouanet para a engenharia, iria se somar ao conjunto de benefícios previstos na nova política industrial que, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, virá com incentivos positivos à engenharia nacional, como linhas de financiamentos especiais por parte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Fonte: G1 Globo Online