Ford eleva status das filiais sul-americanas

Quando visita o Brasil hoje, o americano David Schoch mal acredita que está no mesmo país aonde veio para trabalhar há 14 anos. Naquela época, a população mal começara a viver sem a traumática inflação mensal de dois dígitos e a economia refletia as conseqüências negativas da crise asiática. As finanças da Ford, que ele passou a controlar antes de o casamento da empresa com a Volkswagen fracassar, estavam combalidas. “Quem visse a situação há dez anos provavelmente diria: não há saída”, diz, aliviado, o executivo que há seis meses assumiu a direção da Ford na América do Sul. As coisas mudaram – no Brasil e na Ford. Hoje, as preocupações da companhia se concentram na crise econômica dos Estados Unidos e nas necessidades de mudar a oferta de veículos naquele país para modelos mais econômicos. Já a filial sul-americana, hoje lucrativa, é tratada agora com respeito e credibilidade. E, por isso, assumiu um novo papel: recentemente foi incluída entre as operações que poderão montar automóveis sobre as plataformas globais, lançando os veículos quase que simultaneamente com Europa. (Valor Econômico)

Fonte: Boletim Autodata