
O movimento dos olhos dentro dos carros foi um dos meios testados no GT
REDAÇÃO AB
A Ford está usando novos métodos de pesquisa para poder criar o interior de seus veículos e medir o impacto visual deles. As novas técnicas incluem a biometria e “eye tracking”, em dispositivo que rastreia o movimento dos olhos e registra os pontos onde eles ficam mais tempo parados para mostrar as reações lógicas e emocionais das pessoas diante de cada detalhe do projeto. A fabricante usou o Ford GT como exemplo para implementação do projeto.
Segundo Raj Nair, vice-presidente de desenvolvimento de produto global da Ford, as pesquisas mostram que um design interno de boa aparência pode atrair novos compradores, mas se o projeto não for pensado para acomodar diferentes necessidades dos clientes a experiência pode ser menos satisfatória. “O objetivo é ter linguagens de design que transmitam as mensagens certas e ofereçam uma experiência aprimorada ao usuário”, afirma o executivo.
A cobaia da montadora foi o novo Ford GT – superesportivo que é usado como vitrine de tecnologias de motor e aerodinâmica. A fabricante afirma que depois de identificar os principais componentes do interior do bólido, o projeto evoluiu com inovações. Os três princípios utilizados foram: clareza de intenção destacando áreas de funcionalidades; inovação para continuar mudando o modo como o mundo se move; e conexão para criar a ligação do automóvel com o motorista através de tecnologias intuitivas.
As mudanças são em torno das funções essenciais, que agora estão ao alcance das mãos, sem o motorista precisar mover a posição da mão, o painel de instrumentos que dá sensação de espaço e profundidade e o equilíbrio entre materiais rígidos e macios.
Para Moray Callum, vice-presidente de design da Ford, os conceitos aplicados no projeto do interior do Ford GT podem levar a soluções diferentes, tanto dentro como fora da área automotiva. “Desafiamos a nossa equipe a apresentar propostas para o salão de Milão em abril [Salone del Mobile, evento de mobiliário na Itália] e a resposta foi esmagadora. A seleção dos finalistas que estarão na exposição foi difícil”, conta o executivo.
Fonte: Automotive Business