GM dobra para R$ 13 bi investimento no Brasil

 Nova família com seis modelos Chevrolet será lançada em 2019
PEDRO KUTNEY, AB
A General Motors anunciou que vai dobrar seu plano de investimento no Brasil para R$ 13 bilhões no período 2014-2019. O aporte adicional de R$ 6,5 bilhões se soma aos outros R$ 6,5 bilhões anunciados em agosto do ano passado. Os novos recursos, que segundo a GM equivalem a US$ 2 bilhões ao câmbio de R$ 3,20 por dólar, são parte significativa dos US$ 5 bilhões que a companhia destinará ao desenvolvimento de uma nova plataforma modular global para carros destinados exclusivamente a países emergentes, com produção prevista para China, Índia, México e Brasil. No caso brasileiro, essa base dará origem a seis modelos Chevrolet inseridos nos segmentos de maior demanda do mercado. “O primeiro deles será lançado em 2019 e os demais ao longo de um ano e meio”, afirmou Santiago Chamorro, presidente da GM do Brasil. “Acreditamos que o crescimento vai acontecer fora dos mercados maduros, nos emergentes, e o Brasil tem papel importante nesse cenário. Mesmo que a situação atual não represente o melhor momento do País, acreditamos que existe grande potencial aqui”, disse Dan Ammann, presidente mundial da GM Company, que chegou na terça-feira, 28, a São Paulo para participar do anúncio do novo investimento global da companhia. “Vimos muitas mudanças nesses mercados nos últimos anos, com consumidores que procuram carros com mais conectividade, segurança e economia. Por isso chegamos à conclusão que era hora de adotar uma abordagem diferente, com uma nova família de veículos dedicada a esses países”, acrescentou. Segundo Ammann, a GM estima que os modelos nascidos da nova plataforma modular deverão somar vendas de 2 milhões de unidades por ano na próxima década. O centro de engenharia localizado em São Caetano do Sul SP terá papel protagonista no desenvolvimento do projeto, que também será tocado por engenheiros e designers sediados nos Estados Unidos e China. “Não será um carro para o mundo todo, mas vários modelos adaptados para cada mercado”, afirma o presidente da GM Company. SEM EXPANSÃO DE CAPACIDADE“Estamos dobrando o investimento no País para desenvolver novas gerações de veículos já existentes e entrar em segmentos onde ainda não estamos e que têm apresentado crescimento consistente”, definiu Jaime Ardila, presidente da GM South America. Segundo ele, “não há necessidade de ampliação de fábricas, julgamos a capacidade que temos no Brasil adequada para as projeções atuais”. Ardila estima que este ano o mercado brasileiro deve fechar com 2,8 milhões de emplacamentos, número que tende a se repetir em 2016, talvez com leve avanço. “Só esperamos por recuperação em 2017 e a volta do crescimento sustentado em 2018, em linha com o investimento que estamos fazendo”, avalia. A GM ainda não revela onde exatamente os recursos serão aplicados, mas Ardila adianta que, basicamente, o programa servirá para desenvolver a nova família de veículos para o Brasil, incluindo novos motores e transmissões, além de equipar fábricas e fornecedores com ferramentais e maquinário atualizados. Para o executivo, não há contradição em anunciar o vultoso investimento no momento de forte contração do mercado automotivo brasileiro. “Continuamos a avaliar que o Brasil tem muito potencial. Colocamos nosso dinheiro onde acreditamos que vamos obter retorno. Estamos enfrentando um momento difícil, mas existem condições para a volta do crescimento depois de vencida esta fase de ajuste fiscal e instabilidade política. O País tem legislação estável, economia ampla, demografia favorável e consumidores que gostam de carros”, enumera. “O novo investimento nos permitirá modernizar nossos produtos para defender a posição de mercado no Brasil”, avalia o presidente da operação brasileira da GM, Santiago Chamorro. “Teremos também em novos motores e transmissões com foco em eficiência”, diz. O executivo também destaca que a montadora vem trabalhando
Fonte: Automotive Business