Gol Track G6/G7: detalhes, motor, desempenho, consumo

Por Ricardo de Oliveira  Notícias Automotivas

O Gol Track surgiu em 2013 com o Gol Rally G6, sendo uma opção mais básica de aventureiro com motor 1.0 litro e preço mais em conta, tendo visual levemente modificado e suspensão elevada.

Feito para concorrer com o Fiat Uno Way, o Gol Track teve até lançamento com direito a rali de regularidade tal para promover sua capacidade aventureira fora da floresta urbana de concreto armado.

Custando R$ 33.060, o Gol Track tinha um pacote visual mais suave que o Rallye, empregando elementos escurecidos para destacar a proposta, que se fazia apenas com carroceria de quatro portas.

Na época, o Gol tinha enorme importância dentro da VW, já que o Polo antigo estava saindo de cena e só havia o Fox na gama de compactos.

 

A Volkswagen também perdia o Gol G4 por falta de freios ABS e airbag duplo, obrigatórios em 2014. Nesse ambiente, o Gol precisava mesmo de reforço, ainda mais que o Up! não havia chegado.

Qual a diferença do Gol Track?

O Gol Track tem um nome em inglês que remete a um uso levemente off-road, uma trilha. Ele tem a mesma motorização 1.0 dos demais, mas a diferença do Gol Track em relação a outras versões da época é a suspensão elevada em 23 mm, mais 5 mm ganhos na altura por causa dos pneus mais altos.

Gol Track – novidades

O Gol Track tinha como características, suspensão elevada no primeiro modelo, assim como faróis escurecidos. Também dispunha de faixas ou apliques laterais.

As saias de rodas protegidas, assim como as saias laterais, reforçavam o compromisso do hatch com a aventura.

Com rodas de liga leve, interior escurecido e bom nível de equipamento, ainda que com muitos opcionais, o Gol Track era uma opção válida para lugares de pavimento ruim.

Em 2017, o modelo ganhou um facelift e ficou mais moderno, trocando inclusive de motor, o que o deixou mais econômico e ágil.

Ele chegou ao mercado custando R$ 45.440 e trouxe alguns itens bons, como Android Auto e CarPlay.

O Gol Track G6 aparecia com faróis duplos de máscara negra, tendo ainda grade preta com friso cromado e para-choque com grade inferior preta, assim como as molduras que envolviam os faróis de neblina.

Com suspensão elevada em 2,3 cm, o Track passava bem por valetas e ainda manteve os pneus 175/70 R14 nas rodas de aço com calotas, que tinham opção de liga leve aro 14 polegadas.

Molas e amortecedores foram recalibrados para o Gol em questão suportar mais buracos e pavimentos ruins.

As saias de rodas protegidas se conectavam com a base dos para-choques e as saias laterais, estas com apliques em cinza.

Com retrovisores pretos, assim como as maçanetas das portas e o defletor de ar no teto, sobre a tampa do bagageiro, o Gol Track tinha ainda faixas decorativas laterais, que enalteciam a proposta da versão.

O Gol Track tinha ainda sensor de estacionamento no para-choque traseiro, bem como luz auxiliar de freio no topo e dois refletores na base do protetor.

Por dentro, o Gol Track da primeira versão, tinha painel com conta-giros e velocímetro, tendo ainda nível de combustível e temperatura da água, além de computador de bordo.

O volante multifuncional do VW Passat só tinha ajuste em altura e comandos de mídia e telefonia, pois, não havia piloto automático e a direção tinha assistência hidráulica.

Havia um aplique em aço escovado que dava ao volante um ar mais sofisticado, enquanto o painel preto tinha difusores de ar simples, com sistema de áudio ao centro em preto brilhante.

Esse rádio tinha CD player e Bluetooth, sendo embutido no próprio painel, evitando assim a instalação de um rádio comum 1din.

O câmbio tinha manopla com pomo em preto brilhante, além de ar condicionado e portas revestidas em tecido, assim como os bancos com dois tons e texturas diferenciadas.

Ao contrário do Rallye, o Gol Track G6 não tinha o nome Track bordado, mas o acabamento dos assentos era bom, com ajuste em altura no motorista e cintos ajustáveis igualmente.

Atrás, o banco era inteiriço e tinha dois apoios de cabeça, com cintos de 3 pontos apenas nas laterais. O porta-malas de 285 litros tinha iluminação.

Na motorização, o motor era o 1.0 TEC de até 76 cavalos e até 10,6 kgfm, tendo câmbio manual de cinco marchas.

Pesava 974 kg e tinha de série os obrigatórios airbag duplo e freios com ABS, além de cintos dianteiros com pré-tensionadores.

O Gol Track G7 tinha frente da VW Saveiro e dispunha assim de faróis duplos mais elaborados, assim como grade maior, capô mais alto e avançado.

Também exibia para-choque estilizado com faróis de neblina, enquanto as saias de rodas permaneciam protegidas, tal como as saias laterais com apliques em cinza.

Mantendo retrovisores e maçanetas pretas, o Gol Track tinha apenas o nome da versão nas portas traseiras, com rodas de liga leve aro 15 polegadas com pneus 195/55 R15.

Na traseira, as lanternas eram escurecidas e apenas o para-choque tinha a área da placa em preto-fosco.

Diferente do primeiro Gol Track, o segundo não tinha suspensão elevada e nem pneus de uso misto.

Mais focado no visual que no fora de estrada, esse Gol Track mais moderno tinha interior diferenciado, com o novo padrão da geração G7 atualizada, incorporando aplicação de material especial.

Com texturas no painel em cinza e azul, o Gol Track G7 tinha suporte para smartphone sobre o painel e com fonte USB, além de opção de multimídia Composition Touch com projeção para Android Auto e CarPlay.

Tendo SD card, dispunha de navegador GPS nativo, além de câmera de ré e o Mirror Link para aparelhos coreanos. Tinha ainda outro USB e entrada auxiliar, além de Bluetooth.

O volante de estilo VW Golf, tinha regulagem de altura e profundidade, tendo ela assistência hidráulica. O ar condicionado era manual com filtro de impurezas.

O acabamento geral tinha bancos em tecido de tom único, além de encosto traseiro inteiriço, mais apoio de cabeça.

Gol Track – motor

O Gol Track teve dois motores, sendo eles os EA111 1.0 TEC e EA211 1.0 MPI, sendo o primeiro com 72 cavalos na gasolina e 76 cavalos no etanol, ambos a 5.250 rpm.

Os torques eram de 9,7 kgfm na gasolina e 10,6 kgfm no etanol, obtidos a 3.850 rpm. Ele permita ao Gol Track ir de 0 a 100 km/h em 14,1 segundos e atingir 160 km/h.

Já o consumo era de 7,5/9,4 km/l no etanol e 11,4/13,7 km/l na gasolina, respectivamente, cidade/estrada.

No caso do Gol Track G7, o motor era o 1.0 MPI de três cilindros, com 75 cavalos na gasolina e 82 cavalos no etanol, ambos a 6.250 rpm.

Os torques eram de 9,7 kgfm no primeiro e 10,4 kgfm no segundos, ambos a 3.000 rpm. Ia até 100 km/h em 13,3 segundos e 169 km/h de final.

O consumo era de 8,8/10,3 km/l no etanol e 12,9/14,5 km/l na gasolina, respectivamente, cidade/estrada. Ambos tinham câmbio manual de cinco marchas.