Grupo Primo Rossi se desfaz de revenda VW

da Redação

Uma das mais tradicionais concessionárias Volkswagen, a Primo Rossi, resolveu vender a bandeira da marca para o grupo Amazonas, que atua sob a marca Fiat. Célebre pela tarantela que começa com a letra “Parabéns, Primo Rossi, parabéns…”, a autorizada era uma das últimas empresas familiares do gênero fiéis a um só fabricante. Os valores que envolveram a negociação, que durou cerca de dois anos em completo sigilo, não foram divulgados. Mas uma coisa é certa: a revenda mudará de nome, pois Primo Rossi é personalíssimo para a família de Vittorio Emanuele Rossi, fundador do grupo.

A bandeira é vendida em um momento de alta, com o mercado batendo recordes sem precedentes. Mas a família não deixará o ramo – sobretudo o de veículos seminovos. O grupo Primo Rossi iniciou neste ano, com investimentos da ordem de R$ 27 milhões, a construção dos empreendimentos shopping CarroDireto e Teatro, os dois junto à estação- Metrô Belém. O novo espaço é dedicado a comercialização e serviços de veículos, além de eventos culturais, educacionais e sociais, em que a companhia TeatroDança Ivaldo Bertazzo irá se fixar. O local também receberá outras apresentações e manifestações artísticas.

Com dois prédios, o complexo deve começar a ser construído em outubro deste ano. O edifício do centro automotivo terá seis pavimentos de 2.000 m² cada e o teatro para 450 espectadores, em terreno de 6.738 m². No térreo, os incorporadores pretendem ter showroom de concessionárias autorizadas de automóveis, motocicletas, locadoras e serviços automotivos como bancos, financeiras e corretoras de seguro. Ainda na área externa e no térreo, o projeto prevê a instalação de um teatro. Nos demais andares estão projetados estacionamento, praças de alimentação e espaços para feirões automotivos multimarcas de novos e usados.

“Todos os meses, o setor automotivo brasileiro está comemorando quebras de recorde de vendas. Em algum momento, teremos um gargalo com os carros seminovos. Por essa razão, idealizamos um projeto capaz de também desovar esses veículos”, afirma Vittorio Rossi Jr., filho mais novo de Vittorio Emanuele e presidente da empresa. “Com o CarroDireto Metrô Belém, queremos implantar um canal de vendas, eficaz e moralizador, de carros seminovos, que assegure ao consumidor novos parâmetros de relacionamento comercial”, observa.

Para Rossi Jr., a tendência do setor automotivo brasileiro é repetir o fenômeno enfrentado pelo mercado norte-americano, em que os carros novos não representam mais centro de lucros. “Temos de olhar atentamente aos grandes estoques de carros seminovos. De alguma forma competente, o setor varejista precisa desovar esse estoque. Caso contrário, o segmento não terá como fazer giro no momento da aquisição de carros novos.”

Fonte: Interpress Motor