Hyundai, Kia e SsangYong têm expansão no País

16/07/2008 – Anelisa Lopes

Fonte: iCarros
Dentro da cultura oriental, confundir japoneses, coreanos e chineses é uma grande ofensa. Na opinião dos patriotas, apelidar um coreano de ‘japa’ ou ainda um japonês de ‘china’, então, imperdoável. Se na mistura de raças, os orientais não gostam de ser comparados ou muitos menos confundidos, o mesmo não acontece na indústria automotiva. Ao menos, no que diz respeito aos sul-coreanos.

Se o Hyundai Azera lembra a traseira da geração mais antiga do Honda Accord ou se o futuro Kia Forte, à venda nos EUA a partir do ano que vem, remete à dianteira do New Civic, é possível considerar como um elogio aos coreanos, cujas montadoras têm investido para ter o mesmo – ou, se não puder, semelhante – o que os seus rivais têm de melhor.

Atualmente, a Coréia do Sul é uma das dez maiores economias do mundo. Intimidade entre o governo e a iniciativa privada, restrição a importações, subsídios a determinados setores e crédito facilitado levaram à aceleração do crescimento do país asiático, cuja independência só foi conquistada em 1948. Desde a década de 1970, as apostas se voltaram para a indústria automotiva. Hoje, a maior parte das marcas sul-coreanas possui designers e engenheiros de nome para aliar beleza, desempenho a conforto e bom acabamento e, dessa forma, atrair mais clientes ao redor do mundo.

Os reflexos desse boom sobre rodas chegaram ao Brasil. E podem ser comprovados nos números de vendas de todas as marcas sul-coreanas aqui presentes: Hyundai, Kia (que fazem parte do mesmo grupo, mas competem entre si) e SsangYong, todas com crescimento no País além das expectativas. Design atrativo, garantia além dos três anos e uma boa mecânica são os principais motivos que têm dado apelo de compra aos carros asiáticos.

De acordo com a SsangYong Brasil, que comercializa os modelos Actyon, Actyon Sports, Kyron 2.7 e Rexton II (todos com tração 4×4 e motorização a diesel), as vendas acumuladas da empresa no primeiro semestre deste ano cresceram quase 20 vezes em relação ao mesmo período de 2007.

A Districar, importadora oficial da montadora, registrou este ano a comercialização de 750 unidades nos primeiros seis meses, contra apenas 38 em igual período do ano passado. Em junho, a SsangYong comercializou 182 unidades ante as 11 de junho de 2007. Até o final do ano, deverão ser comercializadas 1.800 modelos, já que o número de concessionárias deverá saltar de 15 para 27 até dezembro.

A Kia, cujo carro-chefe foi o Sportage, com 3.023 unidades vendidas no Brasil entre janeiro e junho deste ano, acaba de lançar a minivan Carens no País. O modelo, que chega para concorrer com Chevrolet Zafira, tem capacidade para levar até sete pessoas e vai brigar em um segmento que tem crescido recentemente. Atrás da Sportage vem o compacto Picanto, que registrou 2.009 modelos comercializados no primeiro semestre de 2008.

A Tucson, por sua vez, está para a Hyundai como o Gol está para a Volkswagen. De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram vendidas 10.706 unidades do utilitário esportivo de janeiro até a primeira quinzena de julho. O veículo, que está em oitavo lugar nas vendas entre os utilitários, passará a ser fabricado no Brasil em setembro, em Anápolis (GO).

Entre as sul-coreanas, a Hyundai foi a que mais cresceu no País. De 854 unidades vendidas em 2003 passou para 20.956 entre janeiro e junho de 2008. A Kia marcou 1.986 carros há cinco anos, contra 10.259 em 2008 e a SsangYong foi de 85 veículos em 2003 para 750 unidades em 2008.

Fonte: I Carros