Importadoras querem cotas e alíquota zero

Trimestre registra aumento de 156% em relação ao mesmo período de 2007

da Redação

Sob nova direção, a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos) tem como uma das suas reivindicações prioritárias a redução da alíquota de importação, atualmente em 35%. Segundo Interpress Motor apurou, outra das propostas da entidade, agora presidida por Henning Dornbusch, da BMW, é a volta do sistema de cotas tarifárias que inclua um determinado número de veículos (na gestão anterior da entidade, era defendido algo como 25 mil veículos, ou cerca de 1% do mercado interno) com alíquota zero.

“O fato de as montadoras estarem vendendo mais do que produzindo, além de terem se manifestado quanto aos volumes de importação, em complemento à produção local, permite-nos reivindicar maior participação no mercado brasileiro”, afirma o novo dirigente da Abeiva.

“Nesse cenário, estamos em desvantagem, na medida em que, com alíquota de 35%, perdemos competitividade nos preços.” Além da Pagani e da Effa Motors, a Abeiva – ao longo de 2008 – deve receber adesão de outras importadoras oficiais. “Em novo cenário de associados, teremos de rever os números de comercialização em 2008”, diz Dornbusch.

Crescimento

As marcas importadas filiadas à Abeiva – BMW, Ferrari, Kia, Maserati, Porsche e SsangYong – fecharam o primeiro trimestre do ano com vendas de 5.345 unidades no atacado (das importadoras às concessionárias). Esse volume significa um crescimento de 200,11% sobre o mesmo período de 2007, quando foram comercializados 1.781 veículos.

Em março as seis empresas que compõem a associação registraram vendas de 2.073 unidades, 14,53% a mais em relação a fevereiro (1.810). Comparado ao desempenho de março de 2007, quando foram alcançadas 809 unidades, o aumento é de 156%. Os números do primeiro trimestre de 2008 permitiram à Abeiva aumentar sua participação tanto no mercado total de automóveis como no segmento de importados, respectivamente passando de 0,37% (2007) para 0,82% e de 4,80% para 6,82%.

“O desempenho do primeiro trimestre, alentador, nos mostra que teremos um bom ano. Por enquanto, temos condições de manter a previsão de vendas de 22 mil em 2008”, afirma Dornbusch. “Com a adesão da Pagani e da Effa Motors, além de podermos contar com o Salão do Automóvel, em São Paulo, no final do mês de outubro, as projeções poderão ser revistas para cima.”

Fonte: Interpress Motor