A diferença do leasing financeiro para o leasing operacional é que neste último o cliente arrenda o veículo por 24 ou 36 meses, pagando aluguel mensal que inclui no valor despesas com seguro, manutenção e licenciamento, todas assumidas pela empresa do leasing. A operação envolve concessionárias, operadora de leasing, oficinas de manutenção e revendas dos veículos, circuito de fácil acesso para o Grupo Rodobens que controla concessionárias, banco, locadora de veículos, consórcio e corretora de seguros.
O primeiro plano de leasing operacional do Brasil está disponível, por enquanto, nas concessionárias Chevrolet, Volkswagen e Toyota do grupo, mas a Rodobens pretende expandir em breve para o restante da sua rede de revendas autorizadas da Mercedes-Benz, Chrysler, Jeep e Dodge – e também de caminhões.
A projeção da empresa é vender 3,6 mil veículos em 2008 pelo novo sistema e espera formar carteira de R$ 140 milhões, com expectativa de abocanhar clientes de outras operações, inclusive dos que compram à vista.
Como funciona – No leasing operacional o cliente paga pelo uso do veículo e pode devolvê-lo no fim do contrato, sem ônus, ou optar pela compra com valor baseado na tabela Fipe, com desconto de 5%. Outra comodidade é a contratação de um novo leasing, levando outro carro zero-quilômetro. De modo simplista seria um aluguel com opção de compra, enquanto que pelo crédito tradicional, CDC ou leasing financeiro, o cliente torna-se dono do bem ao fim do contrato.
A Rodobens oferece a possibilidade de incluir nas parcelas do leasing operacional os custos com manutenção durante o contrato, além dos gastos com licenciamento e seguros já inclusos.
Considerando o financiamento tradicional, na compra de um Chevrolet Prisma Maxx 1.4, por exemplo, que custa R$ 39 mil, em 36 meses e sem entrada, o cliente pagará no CDC parcelas de R$ 1 mil 434, que somados aos custos com seguro, manutenção e licenciamento, passa para R$ 1 mil 880 por mês, totalizando R$ 67 mil 707 no fim do plano.
No contrato de leasing operacional, em prazo idêntico, o cliente pagará mensalmente R$ 1 mil 307, já incluindo todas as despesas mencionadas, totalizando R$ 47 mil 52, mas com a diferença de que o carro não será seu. Se quiser ficar com ele, terá de pagar a cotação do dia do modelo usado pela tabela da Fipe, com desconto de 5%. Pelo ritmo de desvalorização atual dos veículos usados, esse valor gira em torno de 35% a 40% menos em relação ao preço do zero-quilômetro, o que daria algo como R$ 25 mil por aquele Chevrolet Prisma com três anos de uso. Por esse ângulo o leasing operacional fica mais caro. Ou seja, não vale a pena comprar o automóvel no fim do financiamento.
Segundo Waldemar Verdi Júnior, diretor-presidente das Empresas Rodobens, “a preferência dos consumidores é pela devolução do veículo, podendo optar por outro modelo em condições iguais”.
Para os mais disciplinados com as finanças, ao contratar o leasing operacional há a opção de aplicar a diferença com relação à parcela do CDC, que neste caso seria R$ 573,75 por mês, podendo ao fim do contrato comprar o veículo ou mesmo usar o valor como entrada na aquisição de outro. E para quem já tem carro, outra opção é vender o usado, investir o dinheiro e contratar o leasing de um novo sem entrada.
(Maira Nascimento)
Fonte: Boletim Autodata