
REDAÇÃO AB
O mergulho pronunciado do mercado brasileiro de veículos de transporte de cargas se refletiu com nitidez nos resultados financeiros do grupo Randon, maior fabricante de implementos rodoviários do País, que também atua com diversas linhas de autopeças para o segmento. O balanço do primeiro semestre divulgado na quarta-feira, 12, mostra que o lucro líquido apurado pela companhia despencou de R$ 129,6 milhões no mesmo período de 2014 para R$ 832 mil agora, o que representa expressiva retração de 99,4%, que empurrou a margem líquida dos negócios da empresa para apenas 0,1%. A receita líquida consolidada de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre representou queda de 27,7% em relação a igual período de 2014. Incluindo as vendas entre as empresas do mesmo grupo, a receita bruta total dos primeiros seis meses do ano somou R$ 2 bilhões, cifra 30,5% inferior na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. As vendas ao mercado interno representaram o maior tombo no faturamento. A receita bruta doméstica da companhia no primeiro semestre caiu 33,1%, para R$ 1,77 bilhão no primeiro semestre. As receitas em dólar, de exportações e operações no exterior, também recuaram, com regressão de 23,6%, para US$ 77,6 milhões. Mas devido ao efeito da desvalorização cambial, em reais o faturamento bruto externo recuou bem menos, apenas 0,9%, para R$ 233,3 milhões. “Afetados pela dinâmica do mercado de veículos comerciais, os negócios ganham impulso adicional em linhas menos tradicionais [da companhia], como os equipamentos ferroviários, exportações e serviços financeiros”, afirmou em nota o diretor financeiro e de relações com investidores do grupo Randon, Geraldo Santa Catharina. Para enfrentar o momento adverso com as menores perdas possíveis, a empresa adota a estratégia de diversificar seu portfólio de produtos e mercados de atuação, além de impor maior rigor na gestão de custos. Com a deterioração do mercado, a companhia revisou suas projeções de desempenho para 2015, quando prevê uma receita bruta total de R$ 4,2 bilhões e receita líquida consolidada de R$ 3 bilhões. O faturamento externo deverá ficar em US$ 265 milhões.
Fonte: Automotive Business