Magna vai comprar a Getrag, fabricante alemã de transmissões

  Negócio pode superar € 2 bilhões e deve ser concluído até o fim de 2015
REDAÇÃO AB

A sistemista de origem canadense Magna anunciou esta semana que fechou um acordo para a compra da Getrag, uma das maiores fabricantes independentes de transmissões, com sede na Alemanha e 13 fábricas em nove países na Europa, Ásia e América do Norte. O preço de aquisição ainda não foi totalmente apurado, mas deve superar os € 2 bilhões, levando em conta o valor acionário da Getrag, de € 1,75 bilhão, além de dívidas e obrigações com fundos de pensão estimadas em € 700 milhões. O negócio ainda depende da aprovação de agências reguladoras de mercado e deve ser concluído até o fim de 2015. A companhia alemã obteve faturamento consolidado de € 1,7 bilhão em 2014. Outros € 1,6 bilhão foram gerados pelas joint ventures que a companhia mantém com a Ford em Colônia, Alemanha, e com as chinesas Jiangling e Dongfeng. Também estão entre os principais clientes BMW, Daimler Mercedes-Benz, Renault, Volvo e Great Wall. Com 80 anos de história, a compra da Getrag dá à Magna um amplo portfólio de transmissões, um segmento até agora não explorado pela gigante sistemista, que reúne em sua linha de produtos arquitetura de interiores, assentos, fechaduras, retrovisores, conjuntos plásticos externos, engrenagens, eixos e peças metálicas de chassis, entre outros componentes. A Getrag projeta e fabrica transmissões manuais, automatizadas, automáticas de dupla embreagem DCT e híbridas. “Como parte de nossa revisão de portfólio, identificamos a expansão de nossos negócios de powertrain como prioridade estratégica Acreditamos que a arquitetura da linha de produtos da Getrag está bem posicionada para atender atuais e futuras configurações automotivas. Em particular, a empresa é líder no crescente mercado de transmissões automáticas de dupla embreagem, um dos segmentos que mais devem avançar na próxima década”, declarou em nota Don Walker, CEO da Magna. “A Getrag tem liderança tecnológica em uma área de produtos que, acreditamos, será beneficiada pela tendência da indústria automotiva de elevar a eficiência de consumo e reduzir emissões. As joint ventures também trazem significativo potencial de crescimento na China, o maior mercado automotivo do mundo e onde mais cresce o fornecimento de câmbios DCT”, acrescentou Walker
Fonte: Automotive Business