MDI apresenta o AIRPod, o primeiro modelo da marca a ser fabricado

Foto: Divulgação
Produção deve começar no primeiro trimestre do ano que vem. Com quatro lugares, modelo usa motor a ar e elimina o volante

Texto: Gustavo Henrique Ruffo

(09-10-08) – A MDI, criadora dos FlowAIR, de que falamos recentemente, apresentou nesta data um novo produto, o primeiro que deve colocar a tecnologia do motor a ar comprimido nas ruas, no primeiro semestre do ano que vem. Sem querer parecer desatualizada, ela fez uma paródia com o nome do carrinho, aproximando-o de uma das maiores febres do mundo digital, o iPod. O carrinho urbano da MDI se chama AIRPod. Pena não ser tão bonito ou tão bacana quanto o aparelhinho da Apple.

Se deixarmos de lado a aparência do AIRPod, ele pode se mostrar uma alternativa muito interessante para as grandes cidades. Além do motor movido a ar comprimido (175 l a uma absurda pressão de 350 bar), ele também pode ser o primeiro veículo do mundo moderno a eliminar o volante. Será controlado por um joystick, mas também diferente das alavancas de direção usadas nos primeiros automóveis: ele não tem ligação mecânica nenhuma com as rodas. É tudo eletrônico, ou “by wire”, como se costuma dizer hoje em dia.

Com apenas 2,07 de comprimento, 1,60 m de largura e 1,74 m de altura, o AIRPod leva quatro pessoas (três adultos e uma criança, como o Toyota iQ) e pesa apenas 220 kg, com uma capacidade de carga de 300 kg. Supera, com isso, a Kombi, um dos únicos veículos capazes de transportar uma carga equivalente a seu peso.

A vantagem do AIRPod em relação aos veículos elétricos é seu tempo de recarga, apenas 1,5 minuto em um dos postos de reabastecimento que a empresa programa ter nas cidades em que o carro for vendido. Além deles, o carrinho também tem um compressor embutido que, na rede elétrica comum, recarrega o tanque em cerca de quatro horas.

Com autonomia de 220 km, o AIRPod tem duas velocidades máximas, 70 km/h, para quem tiver carteira de motorista, e 45 km/h, para as crianças e pessoas sem habilitação que, na França, podem dirigir veículos especiais de baixa velocidade em vias locais das cidades.

Fonte: Webmotors