Fonte / CNN Brasil
Não é somente a Ford que deixou de produzir no Brasil, a Audi também não faz mais carros no país desde o final de 2020, quando encerrou a fabricação do Audi A3 Sedan da geração anterior.
Diante da repercussão do fechamento de três fábricas da Ford, a Audi se pronunciou sobre seu caso, que envolve a devolução de créditos de IPI, obtidos durante o programa Inovar-Auto.
A marca alemã ainda negocia com o atual governo federal em busca de receber os créditos de IPI, visto que na época do Inovar-Auto, a empresa cumpriu os requisitos exigidos pela administração vigente na ocasião.
De acordo com o site CNN Brasil, internamente a Audi vê o caso da Ford como um motivo forte para que o governo reveja sua posição atual diante dos fabricantes de veículos, melhorando as condições para as montadoras.
Com demissão de 5 mil pessoas no Brasil (e também na Argentina), a saída da Ford não é um caso isolado, visto que além da Audi, a Mercedes-Benz deixou de fabricar automóveis no país (pela segunda vez) e fechou a fábrica de Iracemápolis-SP.
Já no caso da Audi, a linha de montagem era compartilhada com a Volkswagen e apenas 40 funcionários especializados eram empregados na fábrica, mas a marca espera não perder essa mão de obra.
A expectativa na marca de luxo alemã é que se o governo agilizar a liberação dos créditos de IPI, a empresa precisará de pelo menos seis meses para retomar a produção e promete um novo modelo para fabricação nacional.
No atual panorama, a Audi espera que isso aconteça somente em 2022, mas a marca não fala qual modelo será feito. O provável é o Audi Q3 de nova geração, visto que os SUVs estão em alta.
Para a Audi, mais que o valor devolvido é a sinalização do governo atual em apoiar a produção de veículos no país, fato que conta diante da matriz, que terá confiança em liberar recursos para retomada da fabricação de carros.
