Concessionárias cobram 200 milhões de reais da Ford do Brasil

 

 

Fonte / Noticias Automotivas

Agora que as concessionárias Ford já venderam quase todas as unidades que tinham em estoque do Ford Ka e do Ford EcoSport, elas já estão focadas em exigir da Ford um pagamento imediato de 200 milhões de reais, conforme noticiou o site UOL Carros.

Este valor se refere ao FAV, o Programa de Aquisição de Veículos Ford. Este programa banca a compra de carros da Ford, pelas concessionárias, para revender os mesmos, sem que seja necessária uma linha de crédito. Outro benefício é que as lojas não tem que pagar juros para poder usar esse dinheiro.

Outro ponto positivo que o FAV proporciona aos distribuidores Ford é uma ajuda em épocas onde os gastos fixos aumentam ou em tempos de crise, quando as vendas ficam prejudicadas. Outro momento em que o tal programa de aquisição entra é na hora de pagar o décimo terceiro salário dos funcionários no final do ano.

Uma concessionária chegou a informar que sempre que um veículo Ford é vendido, 1% do valor do mesmo vai para este fundo. Ou seja, as concessionárias acreditam que este valor é delas, e que eles estão sendo retidos irregularmente pela Ford.

Há relatos de que existem concessionários com 6 milhões de reais retidos no FAV. E a Ford não teria como transformar estes fundos em veículos para venda, pois com o encerramento das vendas do Ford Ka e do Ford EcoSport, 85% do volume de vendas deixou de existir do dia para a noite.

Foi enviada uma notificação extrajudificial para a diretoria da Ford, pela Abradif (Associação Brasileira dos Distribuidores Ford). O documento comenta que o encerramento das operações de duas fábricas da empresa no Brasil acabou causando um grande desequilíbrio ao balanço financeiro estabelecido no Programa FAV.

O prazo de 5 dias para o pagamento teria acabado ontem.

Fora estes 200 milhões de reais que estão sendo cobrados da Ford com relação ao fundo FAV, cerca de 1,5 bilhão de reais serão pedidos a título de indenização aos concessionários. O lado bom é que foi feito um acordo para pelo menos se manter 5.000 empregos diretos para produzir componentes de reposição.