Mercado começa a cair e já tem baixa de 44% nas vendas diárias

Fonte / Estadão

É inevitável. Com os maiores mercados para carros do país em quase quarentena, as vendas de veículos não tinham como resistir e já despencam desde a semana passada. Na primeira quinzena de março, o Brasil chegou ao pico de 12.112 emplacamentos num único dia.

Na segunda quinzena do mês, porém, com o efeito das restrições por conta do Covid-19, as vendas diárias começaram a cair rápido. Quinta (19), o volume já era de 8.231 unidades. Na sexta, caiu pára 6.977 unidades, o que fez o mercado despencar simplesmente 44% em poucos dias.

Embora em alguns estados ainda esteja liberada a operação plena das concessionárias, em outros, apenas o pós-venda conseguiu se manter. Nem todos os Detrans paralisaram as operações e por isso ainda é possível emplacar, dependendo da região do país. São Paulo, Santa Catarina e Góias fecharam acordo para que as oficinas das revendas se mantenham abertas.

Com paralisações das fábricas a partir desta segunda (23), os estoques da rede autorizada deverão diminuir conforme os clientes remanescentes ainda conseguem comprar seus carros. A Renault, por exemplo, decidiu antecipar a pausa em sua produção nacional, que ocorreria na quarta (25) para o início dessa semana.

A antecipação veio de surpresa após o pronunciamento do Ministério da Saúde na sexta (20), o que fez com que a montadora francesa decidisse imediatamente antecipar em dois dias a paralisação, a fim de proteger 7.500 funcionários e familiares até o dia 14 de abril.

Assim como a Renault, outros fabricantes de veículos estão de olho no quadro de infecção do coronavírus no país e nas medidas que o governo tomará nas próximas semanas. Por ora, tudo ainda é muito incerto, já que depende da disseminação da pandemia no país.

Caso haja uma redução no avanço e uma perspectiva de melhora do quadro em dias ou semanas, a confiança em retornar ao trabalho deve voltar para todos os setores da economia.