Mercado deve preparar-se para turbulências

O volume de automóveis produzidos em todo o mundo não pára de crescer. Em 2008, a produção mundial deve atingir 75 milhões de unidades e a previsão é que em 10 anos o volume alcance 99 milhões de veículos. Apesar desta previsão otimista existe um conjunto de fatores internacionais desfavoráveis no momento. Esta foi uma das conclusões do Simpósio SAE BRASIL Tendências e Inovação no Setor Automotivo, realizado nesta semana, em São Paulo. Segundo Jaime Ardila, presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, para ganhar competitividade, o Brasil precisa avançar nas exportações, hoje prejudicadas pelo câmbio, e adiantou que a empresa terá toda a linha da marca Chevrolet renovada até 2012 no País. Já Wim Van Acker, sócio-diretor da Roland Berger, advertiu que há reservas de petróleo para 39 anos e “não podemos esperar para desenvolver alternativas”. Para ele, os carros devem ser mais leves e mais eficientes no uso de combustíveis. “As tecnologias de powertrain alternativas ganharão importância em todo o mundo. Grandes montadoras já anunciam motores elétricos ou híbridos plenos como soluções para reduzir a emissão de CO2”. Ele afirmou que esses propulsores serão eficientes se aplicados de maneira correta. Letícia Costa, vice-presidente da Booz & Company, lembrou que o crescimento acelerado no Brasil gerou estresse na cadeia de suprimentos para atender o mercado. Para evitar gargalos, os fabricantes elevaram os investimentos no aumento da capacidade. “Um dos principais desafios no momento é diminuir bastante o custo da não-qualidade. Hoje é ele quase 2% do faturamento do setor, que neste ano deverá ser de R$ 75 bilhões”, alertou

Fonte: AutoZ News