Falta de componentes eletrônicos durará meses, diz Continental

 

Fonte / Noticias Automotivas

A Continental, marca alemã na qual pensamos quando lembramos de pneus, acredita fortemente que a falta dos semicondutores (chips eletrônicos) continuará globalmente ainda por vários meses.

Ela se importa muito com isso pois além de produzir os bem conhecidos pneus, também atua na área de componentes eletrônicos automotivos, sistemas de freio, powertrain, segurança automotiva e componentes para chassis.

Durante uma chamada de vídeo nessa semana, o chefão da Continental, Nikolai Setzer, informou que o problema não se resolverá nos próximos meses. O impacto da falta de chips continuará durante o primeiro trimestre do ano e também no segundo, melhorando o quadro apenas no final do segundo trimestre, de acordo com o site Auto News.

O diretor financeiro da Continental, Wolfgang Schaefer, disse que além da falta de semicondutores, os efeitos da atual pandemia do coronavírus fazem com que tudo fique incerto para 2021. O ano todo será bem desafiador para o setor.

Schaefer ainda disse que a Continental informou o mais cedo possível aos seus clientes que a falta de chips aconteceria logo.

Os efeitos da pandemia atingiram a Continental de maneira bem forte, assim como aconteceu com montadoras e outras empresas especializadas em fornecer peças para elas. Existem planos para cortar ou transferir em torno de 30.000 empregos na empresa.

No entanto, a expectativa da Continental é que o setor melhor de 9% a 12% em 2021, em comparação com o ano passado.

Para tentar melhorar a situação, a Bosch anunciou na semana passada que abrirá uma fábrica de chips em Dresden, na Alemanha, até junho deste ano. Esta planta produzirá microchips a serem usados especificamente por carros híbridos e elétricos, ajudando a melhorar um pouco a situação caótica do setor.