Mitsubishi e PSA cancelam plano de fusão

Outlander-fruto da parceria entre as empresas
Dirigentes apontam condições financeiras de ambas as partes inapropriadas

hiago Vinholes

A fusão entre a Mitsubishi Motors e PSA Peugeot-Citroën não será consumada, conforme plano divulgado pelas empresas em dezembro de 2009. De acordo com informes apresentados pelas duas companhias, as negociações não foram adiante por conta de “situações econômicas inapropriadas” nas quais vivem no momento. Entretanto, as marcas ainda seguem trabalhando juntas na divisão de plataformas e modelos.

Segundo reportado pela agência Automotive News, os pedido de concordata de GM e Chrysler nos Estados Unidos, além da forte redução das vendas de carros na Europa e Japão, deixou as empresas receosas em investir. A união entre as empresas viria da compra de 50% das ações da empresa japonesa por parte da PSA, que por sua vez venderia à Mitsubishi 30% de seus direitos.

Se de fato fosse concretiza, a aliança entre Mitsubishi e PSA formaria a sexta maior empresa do ramo automobilístico, atrás dos grupos Ford, Hyundai-Kia, VW, GM e Toyota, pela ordem crescente. A ação permitiria também as marcas do conglomerado francês atuar nos EUA, onde a Mitsubishi já está estabelecida com pontos de produção e vendas. Em contrapartida, os japoneses almejavam ampliar sua rede na Europa.

“Montadoras precisam de alianças”

Esse é o discurso de Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault-Nissan, enquanto Mitsubishi e PSA recuam na fusão. Segundo declarações do brasileiro no Salão de Genebra deste ano, acordos de união serão de suma importância para a indústria automobilística no futuro. A diminuição de custos conseguida a partir da divisão de linhas de montagens, plataformas e componentes iguais para diferentes carros é o modelo a ser seguido, aponta Ghosn.

Fonte: Terra Carro Online