Montadoras devem importar mais para evitar gargalos

KAREN CAMACHO
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online

A indústria automobilística deve importar mais veículos neste ano em uma estratégia para evitar gargalos na produção, em função do aquecimento do mercado interno. As importações, no entanto, não devem eliminar os investimentos para desfazer gargalos específicos da indústria e expansão de unidades.

O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, afirmou disse que as importações devem crescer 43,6%, incluindo as realizadas pelas montadoras.

Um dos países com capacidade instalada ociosa e onde algumas empresas devem ampliar produção para depois trazer os veículos para o Brasil é a Argentina.

A indústria automobilística tem capacidade instalada de produção de 3,5 milhões de veículos por ano. em 2008, a produção deve alcançar, 3,240 milhões (alta de 8,9%), quase no limite da capacidade.

O crescimento das vendas de 2008 dá continuação a uma expansão iniciada no ano passado. Para este ano a Anfavea prevê que as vendas internas devem somar 2,895 milhões de unidades, alta de 17,5% em relação ao ano de 2007.

2007

A Anfavea confirmou nesta segunda-feira que as vendas e a produção de veículos em 2007 registraram recorde, ultrapassando os números históricos de 1997. A produção de veículos alcançou 2,97 milhões de unidades no passado, uma alta de 13,9% em relação a 2006.

As vendas internas atingiram 2,46 milhões de unidades, um desempenho 27,8% superior ao registrado em 2006, quando foram licenciados 1,93 milhão de veículos.

As exportações somaram US$ 13,2 bilhões em 2007. O resultado é 8,7% superior ao registrado em 2006, quando foram exportados o equivalente a US$ 12,1 bilhões.

Em unidades exportadas, no entanto, o resultado é 6,6% menor em 2007 na comparação com 2006. Foram embarcados 786,8 mil veículos em 2007 ante 842,8 mil unidades em 2006.

O destaque para 2007 é a venda de veículos com motor bicombustível. Os modelos flex representaram 85,6% das unidades vendidas no mercado doméstico. Em 2006, essa participação foi de 78,1%.

Fonte: Folha Online