Valor Econômico
A Ford incluiu a elevação dos juros e uma conseqüente desaceleração econômica nas previsões de crescimento da própria empresa e para todo o mercado de veículos. Ainda assim, as projeções continuam otimistas. São taxas maiores que o crescimento do PIB, suficientes para empresas como essa projetarem investimentos em ampliações. O presidente da Ford Brasil, Marcos de Oliveira, diz, porém, que a empresa vai observar as ações do Banco Central nos próximos quatro a cinco meses. “Para entender se são eficazes”, destaca.
Se os mecanismos utilizados pelo BC servirem para conter a inflação, o cenário será bem-vindo, diz. “Mas se a escalada dos juros prevalecer depois desse prazo, aí, sim, haverá motivo para preocupação”, afirma Oliveira.
O mercado de veículos acumula até maio uma expansão de mais de 30%. Para Oliveira, é possível pensar em crescimento de 22% a 24% no ano. As vendas começaram a se acelerar no segundo semestre de 2007 e, por isso, a base de comparação é maior daqui para a frente. Além disso, diz Oliveira, está aí incluído o efeito do aumento dos juros. “Mas ainda assim o crescimento continua fantástico”, afirma.
Para 2009 e 2010, a Ford ainda projeta expansão de mercado interno de 8% a 10% ao ano. Oliveira diz que o poder aquisitivo das faixas A, B e C continua aumentando. E que a expansão interna se sustenta pela necessidade de fornecer de produtos, como o minério de ferro, para outros países.
Fonte: Webtranspo
