Nano pode ter motor a ar


Propulsor será oferecido como opcional e terá autonomia de 200 km

Marina Franco

Além de prometer cobrar apenas US$ 2,5 mil (R$ 4.018) pelo Nano, a montadora indiana Tata pode anunciar em breve um novo atrativo para o modelo: um motor movido a ar. Depois de assinar um acordo para licenciar a tecnologia da empresa MDI Enterprises, a Tata irá oferecer o propulsor a ar como item opcional para o mini Nano a partir do ano que vem, relata o jornal The New York Times. A informação não foi confirmada pela fabricante.

O motor criado em 1996 emite um terço de dióxido de carbono do que motores convencionais do mesmo tamanho. O ar frio é comprimido em tanques 300 vezes em pressão atmosférica e é aquecido e alimentado nos cilindros de um motor a pistão. Não é realizada combustão, por isso não se emite poluição tecnicamente. Mas a energia necessária para comprimir o ar vem de postos de óleo ou carvão poluídos. O tanque pode ser abastecido por compressores usados para calibrar pneus ou equipados com plug in para tomada elétrica.

“Obviamente teremos que fazer mudanças no design em relação às necessidades e especificações das novas tecnologias. O peso, por exemplo, é extremamente importante por várias razões. Quanto mais pesado um veículo for, mais energia é necessária para propulsioná-lo”, afirmou Guy Negre, engenheiro e fundador da MDI. Negre diz que um tanque cheio de ar comprimido custa cerca de US$ 3 (R$ 4,82), pela eletricidade consumida, e garante 200 km de autonomia.

Fonte: Auto Esporte(10/07/2008)