Do Diário do Grande ABC
Com a produção recorde de 2,97 milhões de veículos em 2007 e a expectativa de atingir a marca de 3,24 milhões de unidades neste ano, o setor automotivo iniciará um novo ciclo de investimentos na ampliação da capacidade produtiva e, conseqüentemente, a contratação de mais trabalhadores para atender a demanda.
Esta é a previsão do presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, que ontem anunciou o balanço de 2007 e a previsão para 2008.
No ano passado, as montadoras operaram com 84,9% da capacidade máxima, que é de 3,5 milhões de veículos por ano. Se as metas forem atingidas e nenhum investimento for feito, o setor chegará ao final do ano operando com índice de 92,5%, um número perigoso considerando o aumento da demanda.
“No curto prazo não há risco de as montadoras não conseguirem atender os pedidos. E acredito que isso não venha a acontecer porque algumas delas já anunciaram a ampliação da produção e novos investimentos serão anunciados este ano”, afirmou Schneider.
Entre as empresas que já anunciaram investimentos está a Fiat, que além de aumentar a produção da fábrica em Betim (MG) estuda a possibilidade de construir uma nova planta no Brasil.
A Volkswagen, que no ano passado quase fechou a unidade de São Bernardo, está operando 24 horas por dia (em três turnos) e a coreana Hyunday também estuda construir nova fábrica no País.
Em 2007 a demanda interna por veículos cresceu 27,8% em relação a 2006 e a produção teve incremento de 13,9%, números que surpreenderam as montadoras, já que a previsão era de aumento em torno de 7%. Não por acaso, a previsão para 2008 é de avanço de 17,5% do mercado interno e de 9% da produção.
EMPREGOSSegundo Schneider, em 2007 as montadoras contrataram cerca de 14 mil trabalhadores fechando o ano com 120,2 mil novos empregados. E a expectativa é de que novos postos de trablaho sejam abertos neste ano. “Sem dúvida, com o aumento da demanda e da produção mais trabalhadores serão contratados, não só pelas montadoras, mas por toda a cadeia produtiva do setor”.
Fonte: Diário do Grande ABC
