Austrália: Empresa desenvolve bateria com autonomia de 2.000 km

Austrália: Empresa desenvolve bateria com autonomia de 2.000 km

Fonte: Tecmundo

A autonomia era um empecilho para os carros elétricos há 10 anos, mas hoje eles chegam a ter alcance maior que muito carro abastecido com gasolina. Contudo, a evolução das células de energia continua mesmo assim.

Na Austrália, a Brighsun New Energy demorou oito anos para desenvolver uma nova bateria, que promete autonomia de nada menos que 2.000 km. Trata-se de um alcance elevado, mesmo para muitos carros diesel.

Com uma única carga, que permitiria rodar do Rio de Janeiro até Cuiabá, a bateria da Brighsun é do tipo lítio-enxofre (Li-S) e tem densidade de cinco a oito vezes maior que uma bateria de lítio normal.

Segundo a empresa, a Li-S pode manter a carga em 91% por 1.700 ciclos de recarga a uma taxa de 2°C. O tempo de carregamento total, mesmo em baixíssima temperatura, é de apenas 30 minutos.

Já programando os testes industriais, a Brighsun New Energy diz que sua bateria irá revolucionar o mercado de carros elétricos, podendo ainda ter aplicações para transporte rodoviário de cargas e passageiros, aéreo e até marítimo.

Centrais de armazenamento de energia em rede também são outro alvo da nova bateria. A empresa negocia com potenciais investidores e, se tudo der certo, pode iniciar a produção ainda em 2020.

Isso, sem dúvidas, seria algo revolucionário, que permitiria eletrificar modais de transporte, hoje limitados aos grandes centros, além de dar aos carros um tempo sem recarga realmente muito bom.

“A nova tecnologia pode acelerar a adoção de carros elétricos pelo mundo, impulsionando um desempenho de autonomia aprimorado, com baixo custo e vida útil estendida. Além disso, oferece benefícios a smartphones e indústrias de armazenamento de energia solar e elétrica, proporcionando melhorias de performance únicas nesses setores.” diz Sherry Xiao, chefe de operações da companhia na Austrália.

Atualmente, vários fabricantes de veículos e de baterias buscam desenvolver células mais eficientes, sendo que a mais recente é a níquel-manganês-cobalto (NMC), mas nenhuma alcança o rendimento da lítio-enxofre.