A Ford anunciou a demissão de 750 funcionários no mês de julho. A decisão da montadora americana se baseia no fim da produção do New Fiesta, que oficialmente se encerrará no dia 31 de julho, embora o modelo não esteja mais disponível no site da marca.
A decisão da Ford gerou revolta na prefeitura de São Bernardo do Campo-SP, que esperava a manutenção dos empregos até a compra da fábrica de Taboão por uma nova controladora. A administração municipal de Orlando Morando criticou a montadora por não apresentar um plano de desmobilização.
Morando criticou a forma como a Ford conduziu a situação, classificando-a como “lamentável” e que entrará com ações jurídicas na próxima segunda (15), devido ao impacto causado pelas demissões. O prefeito Morando disse que a Ford “despreza o município da maneira como trata o assunto. A cidade que sempre ofereceu o melhor de sua infraestrutura e mão de obra qualificada é literalmente atingida”.
A prefeitura ainda disse que a garantia de emprego poderia ser um argumento de negociação da montadora com o futuro comprador, que ainda continua como um incógnita. As maiores chances estariam com o grupo CAOA, cujo líder Carlos Alberto de Oliveira Andrade, esperava até a aprovação da Reforma da Previdência para decidir-se sobre a compra da fábrica.
A outra empresa interessada continua sob sigilo e, por ora, suspeita-se que seja um fabricante chinês, provavelmente de caminhões. Com essas demissões, o fechamento da fábrica da Ford em Taboão, entra em um novo capítulo. Anteriormente, acreditava-se que todos os funcionários seguiriam até o final da operação, sendo negociada sua transferência para a nova dona da planta paulista.
Agora, não se sabe até que ponto essas demissões afetarão as negociações para compra da unidade, onde a Ford fabrica os caminhões da linha Cargo (de leves até extrapesados) e da Série F (F-350 e F-4000). A fábrica está nas mãos da empresa desde 1967, quando foi adquirida da Willys Overland do Brasil, depois de ser assumida pela Ford.
[Fonte: UOL]
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