O cliente está de volta às concessionárias

Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, a entidade que reúne os distribuidores de veículos, está otimista com a evolução das vendas de veículos leves. Para ele o ano deve ser bom, ainda que o governo não prorrogue a redução do IPI como incentivo à comercialização.

“Os clientes estão de volta ao ponto de venda e a oferta de financiamento voltou ao que era antes da crise internacional” – disse o dirigente a Automotive Business durante o seminário AutoData Revisão das Perspectivas, promovido pela revista AutoData em São Paulo dia 11 de maio. Ele admite, no entanto, que há um rigor maior para a aprovação de crédito, especialmente no segmento de motocicletas.

Luiz Horácio Montenegro, presidente da Anef (das entidades financeiras das montadoras) confirma a disponibilidade de crédito e também um aumento da inadimplência acima de 90 dias, que chegou em março a 5,1% da carteira de crédito direto ao consumidor, 1,8 ponto percentual maior do que no mesmo mês do ano passado. Em fevereiro a inadimplência estava em 4,8% da carteira.

Em relação aos planos de financiamento oferecidos pelas financeiras, os três primeiros meses do ano permaneceram estáveis, com plano máximo de 60 meses e média de 40 meses. Em comparação com o primeiro trimestre de 2008 houve queda, já que foram registrados planos máximos de 72 meses e médios de 42 meses.

Mais vendas à vista

No primeiro trimestre 59% dos consumidores compraram automóveis e comerciais leves a prazo, contra 41% à vista. Até o ano passado, as vendas à vista contemplavam 36% do total comercializado. As promoções com a redução do IPI levaram às compras consumidores de maior poder aquisitivo e de veículos de maior valor, inclusive importados que usualmente utilizam pouco crédito.

No mercado de motocicletas 47% das vendas ocorreram por CDC, 30% por consórcio e 2% por leasing. A participação do consórcio, que fechou 2008 em 22% do total das vendas, volta a crescer, por conta do aumento das exigências para obtenção do CDC e do leasing para o setor.

CSM está otimista

Paulo Cardamone, vice-presidente da CSM Worldwide, aposta que o mercado interno para veículos leves este ano pode ficar no mesmo nível de 2008, com uma queda de 6% na produção devido ao recuo das exportações.

Fonte: Automotive Business