Para atender emissões carros serão mais leves

A obrigatoriedade de reduzir emissão de gases deverá influenciar também nos tipos de material usados na fabricação dos veículos. As montadoras, portanto, enfrentam hoje uma batalha contra a balança. Na corrida por motores mais eficientes e limpos o veículo terá de ser mais leve.

Segundo informações da agência de notícias El Mundo Motor, o vice-presidente da divisão automotiva do Instituto Americano de Forjados e Aço, Ron Krupitzer, anunciou nesta semana que as indústrias metalúrgicas dos Estados Unidos trabalham em cima de nova geração de tipos de aço. De acordo com ele será possível uma redução de 25% a 35% no peso do material.

Sem soluções como esta será impossível atingir meta de emissão máxima de 130 gramas de dióxido de carbono por quilômetro estabelecida para 2015 na Europa. Qualquer outra opção elevaria os custos de produção a valores inviáveis, o que seria um suicídio comercial às montadoras.

Com o peso atual cada veículo dispensa 12%, em média, de sua energia produzida para locomover-se. Uma eventual redução de 35% em sua massa corresponderia a uma diminuição no consumo de combustível em mais de 4%. Segundo Krupitzer o setor já demonstrou que o uso dos atuais aços de alta resistência na estrutura dos veículos pode ser reduzido em 25%. “Com a chegada da terceira geração de aço, que já está em desenvolvimento, esperamos grandes benefícios.”

Para diminuir o peso do carro marcas como Audi e BMW já recorreram ao alumínio, magnésio e até mesmo à fibra de carbono. Os materiais, porém, são bem mais caros. Somado a isto está o custo energético da produção de alguns desses compostos que ainda é superior ao do aço. A poluição gerada na produção de uma tonelada de alumínio, por exemplo, é superior à causada na fabricação do mesmo volume de aço.

Em paralelo ao desenvolvimento da próxima geração do aço, há os estudos de substituição de peças de aço por materiais que ofereçam a mesma resistência. Etapas que são consideradas vitais para a viabilidade dos carros elétricos, pois precisarão ser mais rápidos e, assim, aproveitar melhor a capacidade das baterias.
(Redação AutoData)

Fonte: Boletim Autodata