“O mercado de veículos não vai cair, mas vai crescer em ritmo mais lento”, alerta Bruno Serra, coordenador da Comissão de Forecast do Sindipeças. Ele entende que a oferta de crédito e os prazos de pagamento também estão sendo ajustados: “As instituições financeiras procuram a melhor relação entre essas variáveis para evitar aumento da inadimplência”. Serra informa que o volume de investimentos esperados até 2010 alcança US$ 15 bilhões, com grande possibilidade de chegar a US$ 20 bilhões, por conta de recursos ainda não confirmados oficialmente. Outro dado que traz otimismo é a produção de motores, tão forte quanto a de automóveis. Para o Sindipeças, a economia mundial está em processo de acomodação. Novas e crescentes demandas de mercados em ascensão pressionam a oferta de recursos naturais, impactam os preços do petróleo e dos alimentos e podem assustar o consumidor, que tem dificuldade em distinguir fatos reais de especulação. A entidade entende, porém, que na questão da matriz energética o Brasil está em posição favorável: cerca de 46% de toda a nossa energia é de fontes renováveis, enquanto a média mundial gira em torno de 15%. Mesmo assim o País e sua indústria automotiva não estão imunes aos estremecimentos desse cenário, que tem entre seus efeitos negativos a aceleração da inflação e a subida dos juros (12 de agosto).
Fonte: Automotive Business
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