Paraná: VW parou, Renault e Volvo trabalham

                                             VW ofereceu R$ 4,6 mil como 1ª parcela de PLR.

Evandro Fadel, Agência Estado

Enquanto 3,6 mil funcionários da Volkswagen de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, deflagraram greve em assembleias realizadas na manhã e na tarde desta quinta-feira, 5, os 3,2 mil trabalhadores da Volvo do Brasil, na Cidade Industrial de Curitiba, aprovaram acordo entre o sindicato e diretores da empresa, com a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho, e voltaram a entrar na fábrica às 8h30.

Os funcionários da Volvo, que estavam em greve desde segunda-feira, receberão PLR de R$ 15 mil, com a primeira parcela de R$ 7 mil sendo depositada na próxima semana.

Na Renault do Brasil, de São José dos Pinhais, os 6 mil trabalhadores não chegaram a paralisar as atividades. A proposta apresentada pela empresa, de R$ 12 mil como participação nos lucros e resultados, sendo R$ 6 mil neste mês, agradou já na primeira assembleia.

Volkswagen

A Volkswagen apresentou apenas uma proposta de antecipação de R$ 4,6 mil, a ser paga em maio, mas os funcionários pedem, no mínimo, R$ 6 mil na primeira parcela, com valor igual na segunda. Nova assembleia foi marcada para a manhã da segunda-feira, 9. “Se houvesse bom senso quem sabe a empresa estaria produzindo, fabricando carros”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.

Segundo o sindicato, em cada dia útil são fabricados 840 carros das marcas Golf, Fox, Fox Exportação e CrossFox. Nos finais de semana, o número é reduzido. O cálculo é que até segunda-feira, quando o movimento pode se encerrar, deixarão de ser produzidos 2.160 veículos. Cerca de 70% dos automóveis são destinados ao mercado interno.

De acordo com Butka, a Volkswagen tenta implantar no Paraná a mesma política de negociação que adota em São Paulo, pagando apenas um porcentual do que é conseguido pelos metalúrgicos paulistas. “Mas a realidade aqui é diferente da de São Paulo”, reclamou. “Nós entendemos que temos que nos adequar ao nosso mercado, à nossa situação estadual.” O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região negociou a primeira parcela no valor de R$ 5,2 mil para 5,5 mil trabalhadores.

Fonte: Automotive Business