Petrobrás: nova gasolina 93 RON já está sendo produzida no Brasil

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Com previsão de chegar às bombas dos postos de combustíveis em agosto, a nova gasolina RON 93 da Petrobrás já está sendo produzida em suas refinarias no país. “Ajustamos nossos processos de refino e estamos prontos para antecipar o padrão de qualidade previsto para 2022”, disse Anelise Lara, diretora de Refino e Gás Natural.

De acordo com as novas regras da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – esse tipo de gasolina só será obrigatório a partir de 2022, porém, a Petrobrás decidira antecipar sua chegada ao mercado.

A partir desta segunda-feira (3), a Resolução 807/20 da ANP entra em vigor e a Petrobrás já poderá distribuir a gasolina de 93 octanas RON. Considerada de melhor eficiência que o combustível atual, essa nova gasolina é sustentada como sendo mais difícil de ser adulterada.

A petrolífera informou que deve “dificultar fraudes na sua formulação, combate ao uso de solventes e naftas de baixa qualidade na adulteração do produto comercializado ao consumidor.” Além disso, a Petrobrás diz que sua eficiência térmica permitirá uma redução no consumo dos veículos em até 5%.

Petrobrás: nova gasolina 93 RON já está sendo produzida no Brasil

Contudo, já se fala no mercado que ela pode ser sim adulterada. De qualquer forma, sua chegada começa a mexer com o mercado. Importadoras de combustíveis já estão pagando mais pelo novo combustível, em torno de R$ 0,07 por litro. Isso significa que haverá repasse de custos ao consumidor, que deverá pagar mais pela nova gasolina.

Pelas regras vigentes, a gasolina precisa ter no mínimo 92 octanas RON (indicador para a resistência a detonação em motor com giro baixo), com a nova estabelecendo o novo patamar de 93 RON. O aumento nos preços dos combustível, sendo a empresa, deve ser compensando pela melhoria na eficiência dos motores, devido à qualidade melhor da gasolina.

Desde janeiro a Petrobrás vinha distribuindo este tipo de combustível, mas ainda sem uma determinação oficial para iniciar a produção. Além disso, o que mais será afetado pela mudança será a parcela importada do combustível, que em maio representou 20% da demanda nacional.